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Padilha sobre BC: não existe nenhuma pressão sobre qualquer mandato

O presidente Lula com Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais - 22.12.22 - REUTERS/Ueslei Marcelino
O presidente Lula com Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais Imagem: 22.12.22 - REUTERS/Ueslei Marcelino

Thaís Barcellos, Eduardo Gayer, Iander Porcella e Sofia Aguiar

Em Brasília

08/02/2023 14h21Atualizada em 08/02/2023 16h00

Após ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que, além de não ter nenhuma proposta do governo para rever a autonomia do órgão, não há nenhuma pressão sobre "qualquer mandato", em referência ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Padilha, porém, disse que a lei de autonomia tem de ser seguida por todas.

"Tem lei que nós defendemos, tem que ser seguida, acompanhada e cumprida por todos", disse após reunião do Conselho político de coalizão no Palácio do Planalto.

Nesse quesito, o ministro afirmou que cabe ao Senado e à sociedade acompanhar o cumprimento da lei. "Acreditamos que todos os diretores do BC vão se esforçar para cumprir a lei. O que pode existir por parte do Congresso é acompanhar se lei do BC está sendo cumprida."

Padilha também afirmou que não houve, em nenhum momento, por parte do governo, um pedido para a convocação de Campos Neto para dar explicações ao Congresso.

Segundo ele, o Planalto tem diálogo com a direção do BC, inclusive com o presidente. "Governo está tranquilo no diálogo, nas reuniões que possam ser necessárias, respeitando autonomia."