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'Novos projetos de concessão de rodovias e ferrovias federais estão em gestação', diz Renan Filho

O ministro dos Transportes, Renan Filho, durante a Intermodal, feira do setor de logística, em São Paulo nesta terça-feira - Reprodução/Instagram/renanfilho15
O ministro dos Transportes, Renan Filho, durante a Intermodal, feira do setor de logística, em São Paulo nesta terça-feira Imagem: Reprodução/Instagram/renanfilho15

Eduardo Laguna

Em São Paulo

28/02/2023 14h28Atualizada em 28/02/2023 16h04

O ministro dos Transportes, Renan Filho, prometeu nesta terça-feira apoiar investimentos privados e disse que novos projetos de concessão de rodovias e ferrovias federais estão em gestação no governo.

Estamos trabalhando, com critérios técnicos e com planejamento, em projetos de novas concessões de rodovias e ferrovias à iniciativa privada"
Renan Filho

Filho discursou na Intermodal, feira do setor de logística que acontece no centro de convenções São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista.

O ministro ponderou ser difícil tornar esses investimentos viáveis com os juros a 13,75% ao ano. Por isso, frisou, o governo está descascando o que o ministro chamou de "pepino" deixado pela administração anterior, referindo-se à reoneração dos combustíveis.

Como ressaltou Renan Filho, o País precisa restabelecer parâmetros econômicos e garantir a sustentabilidade da dívida pública para, assim, criar um ambiente favorável à queda dos juros e, consequentemente, à retomada dos investimentos.

Ele assegurou que a iniciativa privada, de capital tanto doméstico quanto internacional, poderá contar com o governo como um parceiro para destravar investimentos e superar gargalos de infraestrutura históricos que comprometem a competitividade nacional. "O Brasil tem pressa em modernizar a logística para voltar a crescer e gerar empregos", afirmou o ministro, manifestando otimismo de que o País vai dar um salto nos próximos anos em infraestrutura.

Ele lembrou que, nos últimos anos, o Brasil investiu menos de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em infraestrutura, enquanto os custos logísticos no País são estimados em cerca de 15% do PIB, o dobro de alguns países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). "É muito, muito, muito pouco a um país gigantesco como o nosso", disse Renan Filho ao falar do limitado montante de investimento no setor.

Da parte do governo federal, ele ressaltou que, com a abertura de espaço no orçamento a partir da PEC da transição, o ministério dos Transportes terá apenas neste ano o volume de recursos para investimentos acumulado nos últimos quatro anos. "Recuperamos a capacidade de investimento público na manutenção e retomada de obras em rodovias e ferrovias federais."

"Mais recursos públicos para investimento significa mais capacidade para atrair capital privado", acrescentou o ministro, prometendo que os investimentos vão buscar a eficiência do gasto público e priorizar áreas estratégicas para a logística e o desenvolvimento regional.

Ao dizer que o País recuperou a confiança do capital internacional, Renan Filho pontuou que o governo oferece a investidores segurança jurídica e previsibilidade de contratos, além dos compromissos com a sustentabilidade ambiental.

Ele também enfatizou o potencial de novos investimentos nas áreas tocadas por seu ministério. "Temos demanda por mais investimentos em rodovias, com mais tecnologia, sustentabilidade e segurança aos usuários", assinalou.