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EUA e Japão fecham acordo sobre minerais para baterias de veículos elétricos

Washington

28/03/2023 14h00

Os EUA e o Japão fecharam um acordo comercial para minerais usados em tecnologias de energia limpa, de forma que os japoneses atendam exigências de fornecimento para novos subsídios de veículos elétricos nos EUA e que a dominância da China no setor seja reduzida.

Pelo acordo, os dois países não irão cobrar impostos sobre a exportação de minerais críticos que comercializam e adotarão padrões trabalhistas em comum na produção de minerais, entre outras medidas, segundo anúncio dos EUA.

O pacto, que se baseia em um acordo comercial limitado que americanos e japoneses anunciaram em 2019, será revisto a cada dois anos para eventuais mudanças.

O governo dos EUA começou a buscar acordos comerciais sobre minerais críticos com aliados próximos, numa tentativa de resolver dois problemas: restrições que Washington impôs a novos subsídios para veículos elétricos e o atual domínio da China no fornecimento de minerais como lítio e grafite, necessários para a fabricação de carros do tipo.

A Lei de Redução da Inflação - amplo pacote climático, de saúde e tributário que o Congresso americano aprovou no ano passado - revisou normas de crédito fiscal para compras de veículos elétricos. Uma das exigências para se qualificar a um crédito integral de US$ 7.500 é que grande parte dos minerais contidos na bateria de um veículo venha dos EUA ou de um país que tenha acordo de livre comércio com Washington.

Muitos aliados próximos dos EUA, incluindo Japão, União Europeia (UE) e Reino Unido, não têm tradicionais acordos de livre comércio com Washington.

Autoridades do governo dos EUA elaboraram o acordo com Tóquio de maneira que minerais do Japão passem a atender as exigências de fornecimento para o novo subsídio, sem a necessidade de iniciar discussões longas e politicamente difíceis sobre questões comerciais mais amplas.

Os EUA estão negociando com a UE um acordo comercial semelhante, com foco em minerais críticos, e planejam fazer o mesmo com o Reino Unido. Fonte: Dow Jones Newswires.