FGV projeta IPC-S de junho com alta de 0,20% e mantém previsão para 2023 em 5,30%
Picchetti esperava alta de 0,35% para o IPC-S de maio e foi surpreendido pela desaceleração mais forte que o esperado do grupo Alimentação, que arrefeceu a 0,41%, ante alta de 0,79% na terceira quadrissemana e de 0,67% em abril.
"Estava na conta que o grupo ia desacelerar, pois tinha ponta negativo de vários itens, mas surpreendeu o ritmo e o número de itens que passaram a ter queda nos preços", afirma o coordenador, que, em contrapartida, confirmou as retrações que já esperava para passagem aérea (-13,96% para -17,91%) e para gasolina (-0,26% para -1,97%).
Para junho, porém, o comportamento desses dois itens ainda traz incertezas, segundo Picchetti. No caso dos combustíveis, a dúvida ainda recai sobre o impacto de pressão da mudança de tributação do ICMS sobre a gasolina, que passou a valer nesta quinta-feira.
"A gasolina ainda está em queda na ponta de 6% e o etanol tem queda de 9% na ponta, mas não é uma tendência que vai continuar no mês de junho", diz o coordenador.
Em relação a passagem aérea, Picchetti espera que o item também volte a acelerar, em função da proximidade do período de férias de inverno, mas a magnitude dessa pressão ainda é incerta, segundo o coordenador.
Após atingir 3,01%, o acumulado de 12 meses ainda deve bater um mínimo abaixo de 3,0% em junho e depois volta a acelerar, segundo o coordenador, fechando o ano em 5,30%.
A difusão do IPC-S fechou em maio em 62,26%, após 67,74% na terceira quadrissemana do mês e 69,0% em abril. Já o núcleo acelerou, de 0,35% em abril para 0,38% em maio.
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