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Lira adianta reunião com líderes para tentar votar reforma tributária

23.mai.2023 - Arthur Lira em coletiva de imprensa após reunião para discutir arcabouço fiscal e reforma tributária, na Residência Ofical do Senado - 23.mai.2023 - Gabriela Biló/Folhapress
23.mai.2023 - Arthur Lira em coletiva de imprensa após reunião para discutir arcabouço fiscal e reforma tributária, na Residência Ofical do Senado Imagem: 23.mai.2023 - Gabriela Biló/Folhapress

Brasília

03/07/2023 07h55

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), traçou uma agenda de trabalho nesta semana que inclui as votações do projeto que restitui o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) - que tranca a pauta da Casa -, a nova regra fiscal e, por fim, um primeiro turno da reforma tributária.

Lira convocou os líderes de todos os partidos para uma reunião na residência oficial da presidência da Câmara como forma de agilizar os trabalhos. Os encontros que definem a pauta de votação da semana costumam ocorrer às terças-feiras. Ele também suspendeu reuniões de todas as comissões da Casa que ocorreriam nesta semana para liberar os parlamentares para as votações no plenário.

Pouco antes do encontro com Lira, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu a votação da proposta sobre o Carf ainda hoje. "É uma semana cheia e, evidentemente, o sucesso da votação vai depender do grau de unidade entre os líderes."

Também ontem, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, afirmou, em entrevista ao Estadão, que há "condições de votar (a reforma tributária) nesta semana". "Não são mais 15 dias que vão resolver a questão. Ou a gente vota a reforma ou não vai votar a reforma", disse.

REAÇÃO. Também ontem à noite, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), convidou toda a bancada paulista para um jantar no Palácio dos Bandeirantes para pedir aos parlamentares que se movimentem para adiar a votação da reforma tributária.

O governador já disse ser contra a criação do Conselho Federativo, que seria o responsável por distribuir recursos do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), tributo a ser criado pela proposta para substituir o ICMS (tributo estadual) e o ISS (tributo municipal).

O governador ainda tem o apoio de representantes das empresas de serviços, como associações de companhias de refeições coletivas, festas e eventos, contabilistas, hotéis, restaurantes e turismo. Além disso, Tarcísio já recebeu apoio do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.