Haddad diz que meta fiscal não foi discutida em reunião da Junta de Execução Orçamentária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) na manhã desta quarta-feira, 10, foi um pedido da ministra da Gestão, Esther Dweck, para discutir os cenários das contas públicas até 2028 e os espaços fiscais para garantir o reajuste de salários do funcionalismo público. Haverá uma nova reunião no período da tarde para apresentação dos dados que serão reunidos pela equipe econômica.

Haddad esclareceu ainda que não foi discutida na JEO a possibilidade de alteração na meta fiscal para 2025. Ele enfatizou que o orçamento deste ano está fechado e não há espaço para reajuste.

O ministro destacou que o cenário fiscal é desafiador e reforçou que é preciso equacionar as receitas e despesas. Ele repetiu ainda que não haverá espaço fiscal se não for feito um trabalho diário para não perder o controle sobre as contas públicas.

Haddad citou que na semana que vem haverá votações importantes no Congresso que impactam diretamente os cofres da União.

A Câmara deverá apreciar os projetos que tratam do fim gradual do Perse, da redução na contribuição previdenciária dos municípios e da reoneração dos 17 setores da economia.

O ministro disse ainda que é preciso fechar o ciclo de ajustes das contas para manter os ganhos econômicos, como inflação controlada.

Ele citou, como exemplo, a desaceleração do IPCA, índice oficial de inflação do Brasil, em março. O índice ficou em 0,16% no mês passado, segundo dados divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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