Tesouro: mobilização de servidores não afetará leilões de títulos e pagamento de dívida

Servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) aprovaram uma paralisação geral para esta terça-feira, 28, por causa da falta de avanço nas negociações da carreira. Apesar do recrudescimento da mobilização, o Tesouro afirma que áreas consideradas críticas pelo órgão, como leilões de títulos e pagamento da dívida, não serão afetadas pelo ato.

"O Tesouro Nacional acompanha com atenção a mobilização dos servidores da carreira de Finanças e Controle e seus impactos nas atividades da instituição. No momento, os processos críticos do órgão são realizados normalmente, contudo há uma lentidão nas demais atividades, resultando em um alongamento do cronograma de entrega de projetos e processos não críticos. As operações relacionadas à gestão da Dívida Pública Federal, nela incluídos os leilões de títulos e os pagamentos da dívida, são definidas pelo Tesouro Nacional como processos críticos. Neste sentido, tais atividades não são afetadas pelo movimento", disse o órgão por meio de nota.

De acordo com o sindicato das categoria, a mobilização pode impactar nas transferências a Estados e municípios, com salvaguarda ao Rio Grande do Sul. Já na CGU, o impacto será no atendimento de pedidos de informação feitos no Portal da Transparência.

O Tesouro ainda acrescentou que apoia o direito de reivindicação dos servidores, "sempre de forma balanceada, responsável", com o compromisso de "não comprometer a continuidade da prestação dos serviços essenciais à sociedade durante as discussões sobre as questões remuneratórias da carreira".

As categorias já aprovaram um indicativo de greve para os dias 11 e 12 de junho, com intensificação da operação-padrão nos dois órgãos.

Os servidores terão uma mesa de negociação com o Ministério da Gestão nesta terça-feira, mesmo dia em que programam um ato para ocorrer na sede do Tesouro. Na próxima semana, eles devem realizar mais dois atos em frente aos ministérios da Fazenda e Gestão.

"Há quatro meses apresentamos nossa pauta reivindicatória ao governo federal e ainda não tivemos uma resposta. Logo, vamos intensificar a mobilização da carreira nas próximas semanas, até a paralisação completa das atividades", avaliou Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, que representa as categorias.

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