Gleisi: alta de juros é 'sabotagem à economia'; explicação do Copom é 'terrorismo de mercado'
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), fez duras críticas em suas redes sociais ao aumento dos juros estabelecido na quarta-feira, 6, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa Selic, por decisão unânime, subiu 0,50 ponto porcentual, passando de 10,75% a 11,25% ao ano.
"Copom mantém a sabotagem à economia do País e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um País que precisa e quer continuar crescendo", escreveu Gleisi na quarta-feira em seu perfil no X (ex-Twitter).
Em outro tuíte publicado na manhã desta quinta-feira, a petista disse que "a nota do Copom para 'explicar' a nova alta dos juros é puro terrorismo de mercado. Chega a projetar uma taxa Selic de 14,5% se não houver 'mudanças estruturais' no orçamento". A deputada acrescentou que considera "uma indecência usar esse tipo de chantagem, ameaçando até com disparada do câmbio, pra tentar impedir o governo de investir no crescimento e executar as políticas que atendem o povo".
No comunicado, o colegiado reafirmou a necessidade de uma política fiscal que seja "crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal".
Na publicação da quarta-feira da presidente do PT, internautas adicionaram um "contexto" na fala da deputada, pois consideraram que faltavam explicações, por exemplo, de que quatro diretores que votaram para o aumento de juros - Ailton Santos, Gabriel Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira - foram indicados pela legenda.
"Engraçado esse X, colocar na capa de meu twitter um comentário de usuário dizendo ser um esclarecimento, com conteúdo político. Qual é o critério da seleção?", criticou a parlamentar em outra postagem na rede esta tarde. "Eu sei quem são os diretores do BC, e vou continuar criticando a autoridade monetária toda vez que achar que estão errando na decisão. E aumentar 0,5 ponto na Selic é desastroso para o nosso País", concluiu.
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