China proíbe exportações de bens de uso militar e de alguns minérios para os EUA, em retaliação
A China intensificou restrições contra os Estados Unidos, em aparente retaliação às novas sanções norte-americanas para venda de semicondutores. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, 3, o Ministério do Comércio chinês proibiu a venda de bens de dupla utilização para usuários militares dos EUA ou para propósitos militares.
A exportação de alguns materiais básicos de dupla utilização - como gálio, germânio, antimônio e materiais superduros industriais - para os EUA também não será permitida.
Outros minérios, como o grafite, ainda terão exportação permitida, mas serão implementadas revisões mais rigorosas de usuário final e uso final.
Esses materiais básicos são tidos essenciais para a produção de semicondutores, baterias e sistemas de energia renovável.
Em nota, o Ministério do Comércio da China afirma que as medidas visam "proteger a segurança nacional" e são válidas já a partir desta terça-feira. Organizações e indivíduos de qualquer país ou região que violem as normas e transfiram itens de dupla utilização da China para os EUA "serão responsabilizados de acordo com a lei", alerta o ministério. Itens de dupla utilização podem ser utilizados tanto para fins militares, como para uso civil.
A intensificação das restrições pela China ocorre um dia após os EUA formalizarem novas sanções para impedir a venda de chips avançados e de ferramentas para produção destes semicondutores para empresas chinesas, alegando que o objetivo é restringir seu uso militar e para inteligência artificial (IA).
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