Maior petrolífera do mundo quer ir à Bolsa; valor pode passar de US$ 1 tri
SÃO PAULO - O mercado de petróleo segue piorando a cada dia no mundo todo, com o preço da commodity quebrando recordes negativos e voltando para os menores valores em 12 anos, próximo da casa de US$ 30 por barril.
Mas há uma empresa --talvez a maior do mundo em valor de mercado-- que parece não estar muito preocupada com o mercado. A empresa Saudi Aramco confirmou que estuda entrar para a Bolsa.
Ainda não há uma um estudo completo, mas especialistas já acreditam que a companhia saudita deva ser a mais valiosa do mundo, superando US$ 1 trilhão e deixando bem para trás a norte-americana Apple, que com US$ 622 bilhões é hoje a empresa de maior valor.
Para se ter uma ideia, as reservas da Saudi Aramco chegam a 260 bilhões de barris de petróleo, 10 vezes mais que a da gigante Exxon Mobil, por exemplo.
"Em uma análise colocando o preço do barril em apenas US$ 10, a companhia, segundo a agência de notícias Bloomberg, valeria hoje cerca de US$ 2,5 trilhões.
Em comunicado, a estatal da Arábia Saudita listou algumas opções para abrir seu capital: alienar uma participação restrita em seu capital social ou agregar todas as suas subsidiárias de refino de petróleo. A escolha, informaram seus representantes, deve ser feita nos próximos meses.
Após o término dos estudos, as alternativas serão levadas aos conselhos Supremo e de Administração da empresa para uma decisão final.
A proposta, ainda de acordo com o comunicado da Saudi Aramco, é "consistente com a direção geral e progressiva" do país para a "privatização de vários setores da economia".
Valor da empresa gera desconfiança
Apesar dos números impressionantes, há quem não tenha plena confiança nestas informações.
Em entrevista para a Bloomberg, Jason Bordoff, diretor do Centro de Política Energética Global na Universidade de Columbia e ex-funcionário sênior de petróleo na Casa Branca, disse que algumas pessoas "levantaram questões sobre a verdadeira dimensão" das reservas de petróleo da Saudi Aramco. Nunca houve uma divulgação de dados das reservas da empresa, algo que pode mudar se ela se tornar pública.
Mohammed bin Salman, príncipe da Arábia Saudita, disse à revista britânica "The Economist" que estava "entusiasmado" com uma potencial oferta de ações. "Isso é algo que está sendo revisado, e nós acreditamos que uma decisão será tomada nos próximos meses". O príncipe foi citado ainda afirmando que entrar para a Bolsa traria "transparência" a Aramco.
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