Mudança de rumo? Analistas justificam otimismo com Qualicorp após queda de 50% em um ano
SÃO PAULO - Após realizar uma conferência, os analistas Bruno Giardino, Leonardo Olmos e Daniel Gewehr, do Santander, se mostraram otimistas com a Qualicorp (QUAL3), apesar de recomendarem cautela com os ativos da empresa, indicando uma demora para os papéis se recuperarem. Após a reunião, eles disseram que têm a impressão de que "não há catalisadores claros no curto prazo para a recuperação no preço da ação". No acumulado de 12 meses, os papéis da companhia acumulam perdsa de 48,28%, cotadas atualmente a R$ 12,59.
Sobre as perspectivas para 2016, o trio destaca que mesmo que a previsão de adições líquidas em ano tão desafiador seja bastante difícil, a administração da empresa observou durante o evento que sua receita pode crescer 10% aproximadamente devido ao efeito da inflação médica de dois dígitos sobre a carteira de planos existentes.
Entre os fatores que agradaram os analistas estão: a forte geração de caixa da empresa (retorno do FCL 2016E de 9%) que pode levar a outra rodada de redução de capital em 2016; e a venda de quase 10.000 planos para os clientes pessoas físicas da antiga Unimed Paulistana, o que deve compensar o elevado índice de cancelamento esperado para o quarto trimestre de 2015.
Por outro lado, a venda de produtos de coparticipação acabou desapontando. Na opinião da administração da Qualicorp, o desconto oferecido pelas operadoras de saúde é relativamente pequeno e os clientes acabam preferindo os planos tradicionais, explicaram os analistas.
Além disso, a situação da Unimed Rio continua incerta. "Estimamos que a exposição da Qualicorp à Unimed Rio seja um pouco superior relativamente à Unimed Paulistana, cuja falência foi decretada em novembro. Entretanto, observamos que a Unimed Rio pode, em última instância, vender seu hospital no Rio de Janeiro para levantar fundos", completaram.
Em geral, o Santander manteve sua opinião positiva sobre a Qualicorp, com base em seu valuation atrativo e a resiliência de seu fluxo de receita, estimado pelos analistas, de modo conservador, um crescimento da receita líquida equivalente a 8% em 2016. Resta ver se a companhia conseguirá enfrentar os desafios que tem pela frente.
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