'Washington Post': Brasil é uma das âncoras que atrapalham economia mundial
SÃO PAULO - "Se a economia global está sendo arrastada em meio a um cenário de desaceleração da economia chinesa e de outros países em desenvolvimento, o Brasil é uma das principais âncoras deste peso morto". Esta é a avaliação do jornal norte-americano "Washington Post", que destaca que a recessão brasileira está atrapalhando a economia mundial.
O "Washington Post" aponta que o Brasil está sendo afetado pela desvalorização das commodities no âmbito internacional. “Mas os problemas do Brasil vão mais longe de que o ciclo de desvalorização das commodities. Por uma década, o país aproveitou o crescimento das exportações para ignorar problemas estruturais. Quando a recessão global bateu, ele se endividou para garantir o crescimento. Enquanto isso, a corrupção aflorou'', afirma a publicação.
De acordo com a publicação, conseguir sair dessa bagunça vai exigir mais do que a mudança dos políticos e uma recuperação do apetite da China por matérias-primas. O Brasil terá de enfrentar os males fiscais e políticos que, em muitos casos, estão em sua Constituição de 1988, como é o caso da reforma da Previdência.
"Os políticos brasileiros, como os famosos jogadores de futebol, são bons em improviso, então é possível que o país consiga manobrar em torno do que parece ser o segundo ano de recessão sem um calote das dívidas. A aposta atual é de que Dilma Rousseff vai sobreviver ao processo de impeachment. Mas as reformas de que o país precisa para voltar a crescer podem estar longe, o que é mais uma má notícia para a economia global'', conclui a publicação.
Vale destacar que, na última sexta-feira, durante reunião do diretório Nacional do PDT, a presidente Dilma Rousseff afirmou ter ficado "estarrecida" com a piora das previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a economia brasileira e destacou que o país voltará a crescer.
“Estou estarrecida com o relatório do FMI, a gente sabe que o fundo fala muita coisa”, afirmou. Na semana passada, o FMI divulgou relatório com previsões para a economia global. No caso do Brasil, a entidade aumentou, de 1% para 3,5%, a estimativa de queda do PIB (Produto Interno Bruto).
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