Tem R$ 200 sobrando por mês? Saiba investir e fazer este dinheiro render
SÃO PAULO – Investir não é privilégio apenas de quem tem muito dinheiro. Mesmo aqueles que dispõem de quantias menores também têm opções para aplicar e fazer o dinheiro render. Um leitor perguntou onde poderia investir R$ 200 todos os meses. O assessor de investimentos Mauricio Gonçalves diz que para quem está começando e ainda tem um valor baixo, como os primeiros R$ 200, o ideal é escolher um investimento que não tenha despesas com manutenção de conta “Qualquer custo neste momento anularia o seu ganho (juros)”.
Isso quer dizer que não valeria a pena abrir uma conta em corretora apenas para aplicar este valor inicialmente. Depois que juntar os primeiros R$ 1.000, o assessor lembra que você terá produtos mais atrativos que a poupança, com a mesma facilidade de aplicação e resgate, como fundos DI. Estes fundos oferecem retornos próximos do CDI, desde que sua taxa de administração não seja muito alta – o ideal é sempre buscar fundos DI com taxas de no máximo 0,5% ao ano.
Se o fundo cobrar mais de 1% de taxa de administração, evite fazer a aplicação – muitos bancos cobram taxas de mais de 3% nestes fundos, que acabam rendendo menos que a caderneta de poupança e não cobrem nem a inflação. “É preciso ficar atento à taxa de administração e prazos de carência, para você optar por um fundo que atenda seus interesses e tenha rentabilidade melhor que a poupança”, diz Gonçalves.
Tesouro Direto
Outra boa opção para quem tem pouco dinheiro para investir mensalmente são os títulos do Tesouro Direto, programa que permite a compra de títulos públicos federais por meio da internet. O tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais democráticos que existem. Isso porque ele atende a todos os tipos de investidores e paga os mesmos rendimentos independentemente do valor que você aplicar. Quem tem R$ 100 para investir vai receber o mesmo percentual de retorno de alguém que aplicou R$ 100 mil ou R$ 1 milhão.
É possível comprar 1% do preço unitário de um título, com valor mínimo de aplicação de R$ 30. Isso faz do Tesouro Direto uma ótima oportunidade para os investidores que dispõe de pequenas quantias, principalmente em momentos em que a taxa de juros está elevada. “O pequeno investidor tem no Tesouro Direto uma das melhores aplicações”, afirma o educador financeiro André Massaro.
Além de permitir aplicações a partir de R$ 30, o Tesouro Direto também possibilita que os investidores programem suas compras de títulos e reinvistam automaticamente os juros recebidos na conta. Assim, você consegue formar uma poupança de longo prazo com toda facilidade que o programa oferece. A utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5.000. Segundo dados do Tesouro Nacional, no mês de fevereiro deste ano, as aplicações de até R$ 5.000 corresponderam a 69% das vendas do mês.
Taxas
Os custos de operar no Tesouro Direto costumam ser bem mais baixos que os dos fundos de investimentos, já que a gestão é feita pelo próprio investidor. Como a maioria das aplicações de renda fixa sem isenção, sobre os ganhos com títulos do Tesouro Direto também são cobrados impostos.
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é devido apenas quando o prazo da aplicação for inferior a 30 dias. Já o Imposto de Renda é sempre obrigatório. A alíquota é de 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais. Também são cobradas duas taxas:
Taxa de custódia | De 0,3% a.a, cobrada pela BM&FBovespa sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de custódia e às informações e movimentações dos saldos. A taxa é cobrada semestralmente |
Taxa dos agentes de custódia | As taxas variam de acordo com a corretora utilizada. Algumas nem cobram pelo serviço. Veja a lista das taxas no endereço www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/ranking-da-taxas |
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