Tenho R$ 200 mil; vale a pena investir em um imóvel?
SÃO PAULO – Um leitor disse que tem R$ 200 mil livre para investir e quer saber se vale a pena comprar um imóvel como investimento.
O assessor de investimentos Jansen Costa, da Fatorial Investimentos, que possui certificação CFP (Certified Financial Planner), afirma quer a resposta precisa depende de mais informações, como qual é o imóvel e seu objetivo (aluguel comercial, residencial ou venda). Mas ele lembrou que antes de tudo é preciso fazer uma consideração inicial simples: c aso o patrimônio em questão seja todo o seu capital, em hipótese alguma ele deve ser alocado em uma única aplicação, seja qual for”, afirmou.
Isso porque existem inúmeros riscos que podem depreciar seu patrimônio, e caso qualquer deles ocorra você não terá nenhuma outra reserva para servir de proteção. “Isso acontece com imóveis ou qualquer outra aplicação. Alguns anos atrás uma série de investidores decidiu, contra a recomendação de vários analistas, alocar todos os seus recursos em OGX e outras empresas do grupo, e sofreu perdas de 80% ou mais do patrimônio. O mesmo pode ocorrer sempre que concentramos nosso capital. Mesmo que deseje o investimento imobiliário, existem formas de mitigar o seu risco extremamente simples”, aconselha.
Costa lembra que se o investidor comprar um único imóvel com objetivo de aluguel ficará totalmente exposto aos fatores de risco que envolvem este único local. “Agora, se comprar dois imóveis para aluguel residencial em regiões diferentes, a chance de algo similar acontecer em ambas as regiões é consideravelmente menor. Se conseguir comprar quatro imóveis, dois residenciais e dois comerciais, mitigaria ainda mais o risco. Se fossem 10, com alguns deles para aluguel, outros para venda, o risco ficaria cada vez menor. Porém, não é possível comprar tantos imóveis com esse capital. Mas é possível comprar Fundos de Investimento Imobiliários”, diz.
Ele lembra que cada fundo costuma ter uma carteira diversificada de imóveis comerciais, a gestão é feita por profissionais e a renda é paga mensalmente aos cotistas. “Por fim, ainda é possível ter liquidez, vendendo as cotas no mercado secundário quando necessário. Ao invés de alocar seu patrimônio em um único imóvel, você poderia participar facilmente de cinco fundos imobiliários selecionados entre os melhores do mercado e ficar mais tranquilo sobre os riscos da aplicação”, afirma.
Ainda assim, o assessor afirma que o ideal é não aplicar todo o dinheiro em uma única classe de ativos. “Mesmo que eles mitiguem o risco de um imóvel, ainda estaria exposto somente a um setor. Uma diversificação com ativos de renda fixa ou ações de longo prazo podem melhorar sua carteira em uma visão geral”, conclui.
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