Oi pede recuperação judicial; o que acontece com as ações da empresa na Bolsa?
SÃO PAULO - Após muita especulação, a companhia de telefonia Oi (OIBR4) confirmou na noite desta segunda-feira (20) seu pedido de recuperação judicial, no valor de R$ 65 bilhões, o maior já feito no Brasil. A companhia ressaltou em comunicado que manterá seus serviços normalmente. Porém, para quem opera na Bolsa, fica sempre a pergunta: o que acontece com as ações de uma empresa em recuperação judicial?
O primeiro passo é a suspensão. A duração dessa suspensão depende do juiz do caso e da Bolsa de Valores.
Será feito um levantamento das condições da companhia e do que foi apresentado no pedido, para, então, ocorrer a comunicação ao mercado. Passado o prazo dado pelo juiz, as ações voltam a ser negociadas normalmente, como qualquer outra, mas não podem fazer parte do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira.
E se a Oi pedir falência?
Esse é o ato final da companhia caso seu plano de recuperação não dê certo. Apesar de ser uma situação ainda distante, é sempre bom saber o que acontecerá.
O pedido de recuperação judicial tem como objetivo fazer com que a empresa supere a sua crise e suas dívidas, podendo retornar mais saudável às suas atividades originais.
Porém, se tudo der errado, a última pessoa a receber alguma coisa será o acionista. Se a falência se tornar realidade, os ativos da companhia serão leiloados e serão pagos, na seguinte ordem: os funcionários, os impostos e os credores. Em último lugar, o acionista.
E como ficam as opções de ações?
No caso de quem está operando vendido, as negociações também serão suspensas durante o mesmo tempo em que as ações ficarem paralisadas. A Bolsa realizará, então, um procedimento especial de leilão destinado ao encerramento das posições, caso não haja impedimento administrativo ou judicial para realizá-lo. Caso haja, a Bolsa arbitrará o preço de encerramento das posições.
O preço resultante de um desses dois procedimentos será o parâmetro para o exercício das opções que puderem ser exercidas durante o período de suspensão, e também para a liquidação financeira das operações de aluguel de ações, para aqueles que não conseguirem devolver os papéis a seus donos.
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