Petrobras abre em queda após governo dizer que não haverá repasse imediato
Na abertura da sessão desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da Petrobras (SA:PETR4) iniciam com perdas, refletindo a decisão do estatal de não mexer nos preços dos combustíveis, em um primeiro momento, bem como à queda do petróleo nos mercados internacionais.
Por volta das 10h15, as ações da Petrobras (SA:PETR4) recuavam 1,64% a R$ 27,60, depois de avançar 4,39% na véspera. No mesmo momento, o barril do tipo Brent recuava 1,59%, ou US$ 1,09, a US$ 67,92. Já o WTI cedia 1,21%, ou US$ 0,76, a US$ 61,91.
Na noite de ontem, o presidente Jair Bolsonaro e a Petrobras (SA:PETR4) disseram que a petroleira não planeja aumentar de imediato os preços dos combustíveis em resposta ao ataque a instalações de petróleo da Arábia Saudita, indicando que a estatal pode afrouxar temporariamente as regras de preços de mercado.
As incertezas de quando o aumento será repassado aos consumidores e o tempo que o governo e a estatal estão dispostos a esperar é a grande dúvida do mercado, o que pode afastar o interesse de investidores nas operações de venda das refinarias, uma vez que, mais uma vez, o país não teria uma política de preços transparente.
Em entrevista à TV Record, Bolsonaro disse que foi informado pelo presidente da Petrobras (SA:PETR4), Roberto Castello Branco, que, apesar de os preços dos combustíveis estabelecidos pela empresa seguirem os valores internacionais, a recente alta do petróleo é "atípica".
Pouco após a divulgação da entrevista de Bolsonaro, a Petrobras (SA:PETR4) divulgou um comunicado informando que não irá ajustar os preços dos combustíveis por ora, mas que observará as condições de mercado nos próximos dias e tomará uma decisão sobre preços no momento adequado.
"A Petrobras (SA:PETR4) decidiu por acompanhar a variação do mercado nos próximos dias e não fazer um ajuste de forma imediata. A empresa seguirá acompanhando o mercado e decidirá oportunamente sobre os próximos ajustes nos preços", disse a estatal, ressaltando que suas práticas hoje não preveem periodicidade definida para os reajustes.
No ano passado, ainda sob a gestão do presidente Michel Temer, o governo pressionou a Petrobras (SA:PETR4) a mudar sua política de preços para os combustíveis em resposta a uma greve de caminhoneiros, o que levou o então presidente da empresa, Pedro Parente, a deixar o cargo.
Com Reuters.
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