Oi vê caixa cair para R$ 3,2 bilhões com aumento no ritmo de investimentos
Com a aceleração nos investimentos realizados, a Oi viu seu volume de recursos em caixa cair para R$ 3,2 bilhões neste mês. O total representa uma queda de R$ 400 milhões na comparação ao montante que a companhia tinha ao final do mês de julho. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico desta quinta-feira, citando relatório mensal de atividades elaborado pelo administrador judicial da tele.
O jornal relata em julho a O realizou investimentos de R$ 702 milhões, o maior já realizado desde o início da recuperação judicial, que começou em 2016. Assim, a fonte do Valor aponta que a companhia apresenta "não só uma incapacidade para o seu soerguimento econômico-financeiro, mas também um derretimento de caixa que aconteceu muito rápido. Este ano, houve uma aceleração de capex que consumiu bastante caixa".
A publicação destaca que em janeiro, a Oi tinha em caixa R$ 7,51 bilhões. No mês passado, o BTG Pactual divulgou análise, assinado por Carlos Sequeira, estimando em cerca de R$ 6 bilhões as necessidades adicionais de caixa da Oi até o fim de 2021, para concluir os investimentos previstos no plano estratégico.
O banco de investimentos avalia que a venda da Oi para uma de suas concorrentes faria com que a chance de um ambiente competitivo aumentasse. Já, no caso da aquisição por uma empresa estrangeira, representaria a última chance de uma nova companhia entrar no mercado brasileiro.
Fatiamento
A Oi divulgou um comunicado ao mercado negando a intenção de fatiar suas operações (telefonia móvel, fixa e infraestrutura) para a venda a suas rivais TIM, Vivo e Claro. O esclarecimento foi realizado após reportagem da Coluna do Broad, do Estadão, informar que essa era a intenção da tele.
A companhia ressaltou que continua focada, no momento, na execução dos esforços de controle de custos e demais iniciativas necessárias para a execução dos planos de investimentos e estratégico, bem como para a maximização do valor da companhia.
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