Apesar de incertezas externas, BB-BI vê mercado interno favorável para renda fixa
Apesar de um cenário externo pressionado, e fatores internos incertos, o ambiente local foi favorável para o mercado de renda fixa, principalmente por assimilar a recente redução da Selic e os sinais de afrouxamento monetário indicado na ata do Copom, refletindo de forma positiva na curva de juros. A visão é do Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira.
O documento aponta que a elevação, inesperada, do CDS soberano se mostrou relativizada pela majoração sofrida também por outras economias emergentes. Do lado negativo, os indicativos de desaceleração da economia alemã se somaram aos receios dos agentes globais e contribuíram para mais uma elevação da volatilidade dos mercados, juntamente com o início de um processo de impeachment contra o presidente dos EUA e pela continuidade de declarações mistas por parte dos governos chinês e norte-americano.
Com isso, a curva dos títulos do Tesouro dos EUA voltou a recuar em todos os vencimentos e o dólar retomou expressiva valorização perante as principais moedas, em movimento de busca por proteção.
A equipe do banco destaca que, a este cenário global se somam fatores internos de cautela, com destaque para o atraso na agenda da reforma da Previdência e para os ajustes típicos que antecedem as reuniões do Copom, levando a Bolsa a operar com reduzida liquidez e alta volatilidade e o câmbio a registrar máximas em torno do patamar de R$ 4,20 (em torno do qual o Banco Central havia intensificado sua atuação). Para os próximos períodos, o dólar ainda se mostra pressionado em alta frente ao real, especialmente pela paridade das taxas e pelos indicativos de atividade econômica dos EUA.
Debêntures no mercado secundário
Para os analistas, o quadro positivo observado nas últimas semanas permanece, no comportamento das negociações secundárias de debêntures, apresentando mais um incremento de volume médio diário, em 12,1%, na comparação com o observado em agosto.
Mesmo diante da alta do CDS soberano brasileiro nesta semana, da casa de 120 para 136 pontos, eles avaliam que é importante ponderar que outros países emergentes também sofreram com o mesmo movimento, como Chile, México, África do Sul, Rússia e principalmente a China, repercutindo maior aversão ao risco em face das tensões entre EUA e China e da possibilidade de um processo de impeachment contra o presidente dos EUA.
Como resultado, o abrandamento das curvas de juros e o reforço do tom dovish na Ata do Copom adicionam mais vetores positivos à renda fixa privada, apontando para menores descontos nas precificações e busca mais intensa por yields no mercado secundário.
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