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ABERTURA: Ibov futuro segue otimismo externo e inicia a semana com ganhos

25/11/2019 09h26

A jornada desta segunda-feira começa com valorização de 0,46% aos 109.240 pontos para o índice Ibovespa Futuros, com o dólar comercial registrando perdas de 0,15% a R$ 4,1901 às 09h29. O dia deve ser marcado pelo otimismo dos investidores com a proximidade de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, de acordo com as últimas notícias. Na cena interna, os investidores prosseguem a repercussão da recomendação de compra de ativos brasileiros por grandes bancos estrangeiros para o ano que vem.

- Cenário Interno

Crescimento

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que a economia brasileira já cresce "bem acima" de 1% na margem e destacou que a aceleração da atividade, aliada aos juros baixos, vai criar um ciclo virtuoso e fazer "disparar" os investimentos de longo prazo no país.

"Estou energizado pelo o que está acontecendo, eu mesmo tinha dúvidas do quão rápido ia acontecer", afirmou Guedes a uma plateia de empresários no Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX) de 2019.

Segundo o ministro, em 2020, o país "seguramente" vai crescer mais do que o dobro deste ano.

Política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na sexta-feira que o pior inimigo do Brasil é a desigualdade, defendeu que a polarização política não significa extremismo e o papel do PT no cenário atual.

"O maior inimigo do Brasil hoje e desde sempre é a desigualdade", disse Lula na noite de sexta-feira na abertura do 7º Congresso Naciional do PT.

"Se este país quer superar a chaga imensa da desigualdade, recuperar a soberania e o seu lugar no mundo, se quer voltar a crescer em benefício de todos os brasileiros e brasileiras, o Partido dos Trabalhadores é mais do que necessário: ele é imprescindível", acrescentou.

- Cenário Externo

Acordo Comercial EUA e China

A China e os Estados Unidos estão muito perto da fase um de um acordo comercial, afirmou nesta segunda-feira o Global Times, tabloide comandado pelo oficial People's Daily, do Partido Comunista, ignorando notícias "negativas".

A China também permanece comprometida em continuar as negociações para a fase dois e mesmo a fase três de um acordo com os EUA, disse o Global Times no Twitter, citando especialistas próximos do governo chinês.

A notícia do jornal chinês vem após líderes de EUA e China manifestarem, na sexta-feira, desejo de assinatura de acordo comercial entre os dois países. No entanto, especialistas comerciais e pessoas próximas à Casa Branca disseram na semana passada que a finalização da "fase um" do acordo, que era esperada para novembro, pode ficar para o ano que vem, conforme Pequim pressiona por mais recuos em tarifas e Washington responde com suas próprias demandas.

Durante o final de semana, a China disse neste domingo que buscará aprimorar as proteções para direitos de propriedade intelectual, inclusive aumentando os limites para a compensação de violações de direitos.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,78%, a 23.292 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,50%, a 26.993 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,72%, a 2.906 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,73%, a 3.878 pontos.

A segunda-feira é também positiva para o mercado de ações da Europa, como DAX, de Frankfurt, avançando 0,44% aos 13.220 pontos, enquanto que, em Londres, o FTSE soma 0,79% aos 7.384 pontos. Já em Paris, o CAC tem ganhos de 0,45% aos 5.919 pontos.

COMMODITIES

A última semana do mês de novembro começou com forte valorização dos contratos futuros do minério de ferro, que são transacionados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para janeiro do próximo ano, teve ganhos de 3,34% a 665,50 iuanes por tonelada, o que representa um avanço de 21,50 iuanes em relação ao valor de liquidação de sexta-feira, que foi de 644,00 iuanes/t.

No mesmo sentido, o dia também foi positivo para os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são negociados na bolsa de mercadorias de Xangai, também na China. O contrato de maior liquidez, com entrega para janeiro de 2020, somou 55 iuanes para 3.697 iuanes por tonelada. Já o segundo em volume, de maio do mesmo ano, ganhou 28 iuanes para 3.417 iuanes para cada tonelada do produto.

No caso do petróleo, a semana começa com os preços praticamente estáveis nas principais praças. Em Londres, o barril do tipo Brent é negociado com alta de 0,02%, ou US$ 0,01, a US$ 62,38. Já em Nova York, o WTI ganha 0,02%, ou US$ 0,01, a US$ 57,78.

MERCADO CORPORATIVO

- Petrobras (SA:PETR4)

Gás de cozinha

A Petrobras (SA:PETR4) anunciou nesta sexta-feira reajuste médio de 4% no preço do gás de cozinha para venda em botijão de 13 quilos.

A companhia também aumentará, a partir de segunda-feira, o produto para venda em grandes botijões ou a granel em 0,6%, em média, segundo a assessoria de imprensa da Petrobras (SA:PETR4).

Greve dos petroleiros

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deferiu neste sábado liminar requerida pela Petrobras (SA:PETR4) para impedir que petroleiros realizem greve anunciada pela categoria para a próxima segunda-feira.

O ministro Ives Gandra Martins fixou multa diária de 2 milhões de reais por entidade sindical em caso de descumprimento da determinação. O valor seria destinado à empresa.

Ao deferir o pedido, o ministro observou que a Lei de Greve considera abusiva a greve deflagrada após a celebração de acordo coletivo de trabalho (ACT), a não ser em caso de descumprimento. Em 4 de novembro, a Petrobras (SA:PETR4) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) assinaram acordo coletivo de trabalho mediado pela vice-presidência do TST.

"O ACT de 2019/2020 foi assinado há 18 dias, e as cláusulas cujo cumprimento se exige de imediato são de caráter programático, sem prazo específico para implementação", disse. "Ou seja, não há prova nem tempo para o descumprimento da norma coletiva em vigor que justifique a deflagração da greve", completou o ministro no texto da liminar.

- Oi (SA:OIBR3)

A Oi (SA:OIBR3) informou nesta sexta-feira que pretende propor ao conselho de administração a inclusão de plano de grupamento de ações na pauta de assembleia de acionistas de abril do próximo ano se o preço do papel não ficar acima de 1 real de forma consistente.

A empresa, que está em recuperação judicial desde 2016, foi notificada pela B3, que pediu à Oi (SA:OIBR3) para divulgar procedimentos e cronograma que serão adotados para enquadrar a cotação das ações até 7 de maio de 2020 ou até a data da primeira assembleia geral a partir do recebimento da notificação.

A Oi (SA:OIBR3) afirmou em comunicado que "caso a cotação das ações não se enquadre de forma consistente em um patamar acima de R$1,00, após a implementação das próximas etapas previstas no plano estratégico já divulgado ao mercado, pretende propor ao conselho de administração que, por ocasião da realização da assembleia geral ordinária, a ser realizada em abril de 2020, seja incluído item na ordem do dia para tratar do grupamento de suas ações".

- Gerdau (SA:GGBR4)

A siderúrgica Gerdau (SA:GGBR4) confirmou à Reuters nesta sexta-feira que está anunciando aumentos de preço de 8% a 12% para os produtos de aço longo no Brasil a partir de janeiro.

Mais cedo, analistas do Credit Suisse e do BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgaram relatórios informando que a companhia estava anunciando tais reajustes.

O analista Caio Ribeiro, do Credit Suisse, chamou a atenção para o fato de que este reajuste vem após anúncio de alta de 7% nos preços para setembro, a qual a Gerdau (SA:GGBR4) conseguiu implementar perto de 3% com base em indicações de distribuidores de aço

Ele calcula que, para cada aumento de 1% nos preços no Brasil, o Ebitda da Gerdau (SA:GGBR4) seria impactado positivamente em 2,3% em relação à previsão do cenário base do Credit Suisse 6,35 bilhões de reais para 2020.

"Nosso entendimento é de que esta é uma alta generalizada para todos os clientes, o que consideramos tranquilizador", escreveram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG Pactual (SA:BPAC11), em relatório a clientes.

- Klabin (SA:KLBN11)

A Klabin (SA:KLBN11) espera uma recuperação mais consistente do mercado global de celulose a partir do segundo semestre do próximo ano, quando os níveis de estoques excedentes da matéria-prima do papel estiverem normalizados, afirmou analista do Credit Suisse em relatório após reunião da empresa com investidores nesta sexta-feira.

"A companhia acredita que o mercado deve começar a se recuperar no segundo trimestre de 2020, com aumentos de preços, mas apenas no segundo semestre é que um nível de estoques mais normalizado deverá permitir uma recuperação mais material", escreveu o analista Caio Ribeiro.

Segundo ele, a companhia demonstrou otimismo sobre a indústria de kraftliner no médio e longo prazos, que deve vivenciar uma demanda saudável enquanto o projeto Puma 2, que amplia a capacidade de produção de papel da empresa, deverá entregar o menor custo-caixa do mundo

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente da República inicia o dia recebendo Marcelo Hermes, Professor da Universidade de Brasília (UnB), e Presidente do Movimento Docentes pela Liberdade e, em seguida, Carlos Frederico de Albuquerque Vital, Diretor Presidente do Grupo de Comunicação Diário de Pernambuco.

Na parte da tarde, tem reunião com Börje Ekholm, CEO e Presidente Mundial da Ericsson, participando em seguida da solenidade do dia do enfrentamento à violência contra a mulher. O dia chega ao fim com um encontro com o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

- Paulo Guedes

- Reunião da seção brasileira com governo brasileiro no Fórum de CEOS Brasil-EUA;

- Reunião do governo brasileiro com governo norte-americano no Fórum de CEOS Brasil-EUA;

- Almoço do Fórum de CEOS Brasil-EUA;

- Plenária do Fórum de CEOs Brasil-EUA;

- Encontro com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);

- Encerramento da cerimônia de lançamento do relatório "Desenvolvimento nas Américas 2019" do BID (´Trading Promises for Results: What Global Integration Can Do for Latin America and the Caribbean´)

- Coletiva de Imprensa.

*Com Reuters