Termina nesta quinta lock-up das ações do BMG detidas por investidor de varejo
A sessão desta quinta-feira (12) marca o encerramento do lock-up de 45 dias nas ações do Banco BMG (SA:BMGB4) para os investidores que alocaram entre R$ 3 mil e R$ 1 milhão durante o IPO da instituição. A "trava" foi uma opção durante a abertura de capital do banco mineiro, concedendo prioridade aos investidores nesta faixa de alocação que optasse a manter os papéis na carteira sem ter a possibilidade de negociá-las.
O lock-up não foi um recurso exclusivo na abertura de capital do Banco BMG. Ele esteve presente no IPO da rede joalherias Vivara (SA:VIVA3). O objetivo da "trava" é evitar que as ações variem logo após o início das negociações na bolsa de valores.
A estratégia do Banco BMG, porém, não impediu a queda das ações. Os papéis recuam desde o começo das negociações em 24 de outubro e fecharam a R$ 8,90, abaixo do preço inaugural de R$ 11,60, na época o piso da faixa indicativa de preço, cuja máxima era de R$ 13,40.
Além dos investidores do varejo que investiram entre R$ 3 mil e R$ 1 milhão, os investidores que alocaram entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões também tinham opção de lock-up, mas de 90 dias. Todas as demandas com lock-up foram atendidas.
IPO
Essa foi a segunda tentativa do banco mineiro de abrir seu capital na B3. Em fevereiro, o BMG informou que desistiu de ofertar as ações na bolsa, depois de ter suspendido a oferta em dezembro de 2018. Na época, condições contrárias do mercado e a transição política com a entrada do novo governo fizeram o preço ficar abaixo da expectativa dos vendedores, que cancelaram a estratégia.
A operação do BMG movimentou 1,6 bilhão de reais, sendo 1,2 bilhão da oferta primária —recursos novos, cujo montante vai para o caixa da companhia— e 400 milhões de reais na oferta secundária. O principal acionista do BMG, Flávio Pentagna Guimarães, é o vendedor.
O IPO foi liderado pela XP Investimentos, com Itaú BBA, Credit Suisse, Brasil Plural e Banco do Brasil Investimentos como coordenadores.
Uma peculiaridade do IPO do BMG foi a opção do banco de entregar somente units para os investidores. Cada unit BMGB11 era composta por 1 ação preferencial BMGB4 e 3 recibos de subscrição. Cada recibo dava direito a receber 1 ação preferencial após a aprovação do aumento de capital pedida pelo BMG ao Banco Central, o que ocorreu em 1º novembro. As units foram negociadas até 29 de novembro na B3.
Recompra de ações
O Banco BMG informou no final da tarde de terça-feira, por meio de fato relevante, que seu conselho de administração aprovou a abertura do Programa de Recompra de Ações, que passa a valer a partir de 11 de dezembro, sendo autorizada a aquisição de até 11.994.003 ações preferenciais de emissão própria, sem valor nominal e sem redução do valor do capital social.
O total aprovado correspondente a até 10,0% das ações em circulação, e a operação será destinada para manutenção em tesouraria, cancelamento ou recolocação no mercado ou, ainda, pagamento de remuneração a executivos do banco no âmbito de planos de incentivo de longo prazo.
De acordo com a instituição, as operações de aquisições serão efetuadas em bolsa de valores, no período de 11 de dezembro de 2019 a 08 de dezembro de 2020, a valor de mercado e intermediadas pela intermediada pela Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
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