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Otimista com setor, BB-BI inicia cobertura das ações da Copasa, Sabesp e Sanepar

18/12/2019 11h18

O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) divulgou relatório nesta quarta-feira informando o início da cobertura das empresas do setor de saneamento Copasa (SA:CSMG3), Sabesp (SA:SBSP3) e Sanepar (SA:SAPR11), com recomendações respectivas e preços-alvo de Market Perform a R$ 70,75; Market Perform a R$ 64,56; e Outperform a R$ 120,41.

Os analistas explicam que números não refletem outras estruturas além das atuais, como é possível a partir de uma onda de privatizações, mas esse cenário, que consideram bastante provável para a Sabesp (SA:SBSP3), e um pouco para a Copasa (SA:CSMG3), poderia levar seus preços-alvo para R$ 79,57 e R$ 98,98, respectivamente.

A equipe explica que tem uma perspectiva positiva para o setor, dada a crescente relevância do saneamento na agenda do governo brasileiro. Em particular, eles enxergam um esforço para agilizar a atualização do quadro jurídico, que prevê mudanças positivas, dando aos operadores privados mais condições para acessar o mercado.

Com isso, espera-se um aumento de investimentos no setor, atualmente muito abaixo dos necessários para alcançar a universalização no prazo estipulado pelo Plano Nacional de Saneamento.

Desta forma, o BB-BI entende que a alta previsibilidade de investimentos e fluxos de caixa com retornos regulados atraentes naturalmente torna o saneamento um setor menos volátil e defensivo. Assim, a atualização do arcabouço legal com a queda nos contratos de programas a longo prazo tende a intensificar a concorrência por concessões de serviços, obrigando os operadores a revisar suas estruturas de custos visando a eficiência.

Com metas regulatórias mais rigorosas ao renovar os atuais programas contratuais e o espaço aberto a empresas privadas, as empresas estatais precisarão alcançar novos patamares e buscar novos mercados, seja através de melhorias estruturais, parcerias público-privadas ou enfrentando suas próprias privatizações.

Os analistas apontam como riscos a tese a interrupção ou impacto menor da atualização da estrutura legal; os riscos regulatórios, decorrentes principalmente de intervenções externas para definir revisões tarifárias apropriadas; e os riscos hidrológicos agudos, capazes de desestabilizar a captação, armazenamento, distribuição e consumo de água.