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Cesar Asfor Rocha compara atuação da magistratura em diferentes épocas

Cesar Asfor Rocha

21/12/2017 10h44

BRASÍLIA, Brasil, 21 de dezembro de 2017 /PRNewswire/ -- O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cesar Asfor Rocha, foi um dos mais prolíficos magistrados de sua geração. Empossado em 1992, permaneceu na função por vinte anos e participou de mais de 700 mil processos. Naquela época em que ingressou, o tribunal era uma novidade trazida pela Constituição de 1988.

De lá para cá, Cesar Asfor Rocha acompanhou de perto as transformações trazidas pelas decisões dos ministros. Sua percepção também captou as mudanças do jeito com que os magistrados atuavam naquela época e atuam hoje.

"Tanto no passado quanto nos dias de hoje, permanece a certeza de que juiz precisa ter coragem", afirma Cesar Asfor Rocha. "Mas a definição de coragem mudou. Antigamente, juiz bom era aquele que tinha coragem de prender, quando haviam tantos recursos e aquela sensação de impunidade. Agora, juiz bom é aquele que tem coragem de soltar, quando há tanta pressão externa e sede por justiçamento, e a lei acaba ficando em segundo plano", explica.

Para o ex-ministro, os juízes brasileiros hoje enfrentam uma pressão muito maior da opinião pública em relação aos casos que chegam aos seus gabinetes. "Tem que ter coragem pra fazer valer o que diz a lei", diz Cesar Asfor Rocha.

Autor de Cartas a Um Jovem Juiz, livro que é considerado um verdadeiro catecismo para a função, o jurista salienta a importância de ter firmeza diante de cada caso que julga. "Cada processo hospeda uma vida", escreve Cesar Asfor Rocha. Para fazer valer a justiça, é preciso ter sempre isso em mente.

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FONTE Cesar Asfor Rocha