Empresas brasileiras dominam ranking de prejuízo na América Latina
Em um ranking com as 30 empresas de capital aberto da América Latina que fecharam 2011 com os maiores prejuízos, 20 são brasileiras. Entre elas, OGX e MPX, de Eike Batista, além de Gol, TAM, Gafisa, Camargo Correa, Fibria e Marfrig. O ranking foi feito pela consultoria Economatica.
Segundo o levantamento, a empresa latino-americana que amargou o maior prejuízo no ano passado foi a mexicana Cemex, fabricante de cimento, com perdas de US$ 1,37 bilhão.
Em segundo lugar ficou a Chile Vapores, chilena de transporte marítimo, com US$ 1,24 bilhão de prejuízo. A terceira colocada foi a brasileira Gafisa, de construção, com perdas de US$ 503,7 milhões, segundo a Economática.
MAIORES PREJUÍZOS ENTRE EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DA AMÉRICA LATINA
Posição | Nome/Setor | País | Prejuízo 2011 |
1 | Cemex (cimento/concreto) | México | - US$ 1,37 bilhão |
2 | Vapores (transporte marítimo) | Chile | - US$ 1,25 bilhão |
3 | Gafisa (construção) | Brasil | - US$ 504 milhões |
4 | Fibria (papel e celulose) | Brasil | - US$ 465 milhões |
5 | Gol (companhia aérea) | Brasil | - US$ 401 milhões |
6 | Marfrig (carne) | Brasil | - US$ 398 milhões |
7 | Rede Energia (energia) | Brasil | - US$ 367 milhões |
8 | Braskem (química) | Brasil | - US$ 280 milhões |
9 | Cobrasma (equipamentos ferroviários) | Brasil | - US$ 265 milhões |
10 | OGX (petróleo e gás) | Brasil | - US$ 257 milhões |
11 | Springs (roupas) | Brasil | - US$ 219 milhões |
12 | MPX (energia) | Brasil | - US$ 218 milhões |
13 | Pampa Energia S.A. (carne) | Argentina | - US$ 216 milhões |
14 | Celpa (energia) | Brasil | - US$ 209 milhões |
15 | TAM (companhia aérea) | Brasil | - US$ 179 milhões |
16 | Vulcabras (calçados) | Brasil | - US$ 168 milhões |
17 | Hrt Petróleo (petróleo) | Brasil | - US$ 162 milhões |
18 | Axtel (telecomunicações) | México | - US$ 146 milhões |
19 | Coteminas (roupas) | Brasil | - US$ 138 milhões |
20 | Lupatech (energia e metalurgia) | Brasil | - US$ 129 milhões |
21 | CEEE-D (energia, gás e água) | Brasil | - US$ 108 milhões |
22 | Edesur (energia) | Argentina | - US$ 107 milhões |
23 | Camargo Correa (construção) | Brasil | - US$ 103 milhões |
24 | Edenor (energia) | Argentina | - US$ 101 milhões |
25 | V-Agro (agronegócio) | Brasil | - US$ 100 milhões |
26 | Cementos (cimento/concreto) | Chile | - US$ 91 milhões |
27 | Axxion (serviços financeiros) | Chile | - US$ 88 milhões |
28 | Comercial del Plata (administração) | Argentina | - US$ 88 milhões |
29 | Interocean (transporte marítimo) | Chile | - US$ 79 milhões |
30 | Viver (construção) | Brasil | - US$ 61 milhões |
- Fonte: Economatica
Por setor
Entre as 30 empresas de capital aberto com maior prejuízo, há seis do setor de energia elétrica --sendo quatro brasileiras. Entre elas está a MPX Energia, do grupo do bilionário Eike Batista, que registrou perda de US$ 217,8 milhões.
O setor de construção de edifícios residenciais tem três representantes brasileiras, com a Gafisa, CCDI e Viver.
As empresas aéreas Gol e TAM também fazem parte da lista --a primeira, com prejuízo de US$ 400,6 milhões, na quinta colocação; e a TAM, com US$ 178,6 milhões, na 15ª colocação.
Metodologia
Para o calculo do prejuízo em dólares, a Economática considerou os valores publicados pelas empresas latinas nos respectivos órgãos de fiscalização locais --por exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Brasil.
Os números foram convertidos pelo dólar do dia 31/12/2011 (no Brasil, o dólar Ptax Venda).
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