Inflação pelo IPC-S desacelera e fica em 0,22% em julho, diz FGV
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,22% na quarta quadrissemana de julho, que corresponde ao fechamento do mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quarta-feira. O resultado mostra desaceleração em relação à terceira quadrissemana do mês, quando o índice apresentou elevação de 0,28%.
Entretanto, na comparação com o junho, houve aceleração dos preços no mês passado, uma vez que o IPC-S havia fechado com ganho de 0,11%.
No acumulado do ano, o indicador acumula alta de 3,06% e de 5,65% nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.
Cinco dos oito grupos que compõem o indicador desaceleraram a alta de preços na comparação com a terceira quadrissemana, sendo que o destaque ficou com Alimentação, que passou de 1,16% para 1,02%.
Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item carnes bovinas, cuja taxa de variação passou de -0,39% para -0,77%.
Também apresentaram decréscimo os grupos Transportes (-0,41% para -0,49%), Educação, Leitura e Recreação (0,35% para 0,27%), Vestuário (-0,73% para -0,88%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,23%).
Por sua vez, registraram acréscimo nas taxas de variação, na mesma comparação, os grupos Comunicação (0,19% para 0,28%) e Despesas Diversas (0,41% para 0,42%). O grupo Habitação repetiu a taxa de variação da última apuração, de 0,18%.
Os indicadores de inflação voltaram a mostrar alguma aceleração recentemente, com destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,33% em julho ante 0,18% em junho, acima das expectativas.
Segundo analistas, entretanto, isso ainda não deve alterar a política do Banco Central de redução da taxa básica de juros com o objetivo de estimular a economia. Após oito cortes seguidos, a Selic está atualmente na mínima recorde de 8%.
O governo já anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais, para tentar aquecer a atividade. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff informou ainda que anunciará em agosto e setembro medidas para estimular a economia.
(Com informações da Reuters)
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