Preços para famílias de baixa renda sobem mais do que para a população em geral
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços para consumidores com renda familiar até 2,5 salários mínimos, fechou o mês de julho em 0,27%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado mostra uma inflação mais elevada para as famílias de baixa renda. No período, o Índice de Preços ao Consumidor para a população em geral, o IPC-BR, ficou em 0,22%. No ano, são 3,77% de alta no IPC-C1 ante 3,06% no IPC-BR. Nos últimos 12 meses, a diferença se acentua, com 6,38% de variação do IPC-C1 e 5,65% do índice global.
O maior aumento do IPC-C1 foi verificado no preço dos alimentos, com 0,9% de variação, com destaque para o tomate, que ficou 63,98% mais caro, e a cenoura, que registrou alta de 31,43%. Em junho, essa classe de despesa havia tido variação de 0,74%.
Os maiores ritmos de aumento foram registrados em educação, leitura e recreação (de -0,14% para 0,48%) e comunicação (0% para 0,5%). Habitação também teve aumento na variação (de -0,01% para 0,11%).
Em contrapartida, os índices de preços em vestuário apresentaram queda de 1,1%. Houve decréscimo em saúde e cuidados pessoais (de 0,28% em junho para 0,12% em julho), transportes (de 1,13% para -0,01%) e em despesas diversas (de 0,25% para 0,06%).
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