Vendedoras de porta em porta contratam equipes para dar conta do trabalho
Há dois anos, a então recepcionista Luana Galvão Ortega, 32, decidiu que precisava complementar sua renda. Começou, então, a vender cosméticos da Avon, por catálogo, para a família e as colegas de faculdade.
Quatro meses depois, Luana largou o emprego e passou a se dedicar apenas à venda direta, como é chamada a venda de porta em porta. Hoje, mantém uma pequena loja no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, para vender produtos de quatro empresas diferentes.
“Quero fazer isso pelo resto da vida”, diz ela, sem revelar quanto fatura por mês.
Trajetórias como a dela têm se tornado cada vez mais comuns entre as consultoras que usam a venda direta como fonte de renda extra no Brasil. Muitas consultoras tornam os catálogos sua principal fonte de renda, e três em cada dez montam equipes para dar conta da demanda.
Segundo dados de uma pesquisa feita pela FGV a pedido da Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta (ABEVD), existem hoje no Brasil mais de 4 milhões de revendedores. Juntos, eles lucram R$ 10,6 bilhões por ano. Quase metade (48,4%) atua com mais de uma empresa do setor.
O perfil dos revendedores é bastante variado. Segundo a diretora-executiva da ABEVD, Roberta Kuruzu, entre os mais de 4 milhões de consultores existem pessoas que revendem apenas para amigos e não fazem pedidos todos os meses, por exemplo. Esses revendedores, naturalmente, têm um lucro mais baixo.
Na outra ponta, existem também empreendedores que contratam outros funcionários para dar conta da demanda. Segundo a pesquisa da FGV, 27,1% dos consultores formam equipes de venda.
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