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Prejuízo das empresas de Eike Batista passa de R$ 1 bilhão pela 1ª vez

REUTERS/Mario Anzuoni
Imagem: REUTERS/Mario Anzuoni

Matheus Lombardi e Luiza Calegari

Do UOL, em São Paulo

17/05/2013 09h55Atualizada em 17/05/2013 10h14

O prejuízo das empresas do bilionário Eike Batista com ações na Bolsa foi seis vezes maior no 1º trimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo levantamento da consultoria Economatica, as seis empresas do grupo EBX (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX) perderam juntas R$ 1,154 bilhão de janeiro a março, contra R$ 180,6 milhões em 2012 (alta de 539%).

Prejuízo das empresas de Eike

EmpresaPrejuízo no 1º tri
OGX (petróleo)R$ 798,8 mi
MPX (energia)R$ 250,9 mi
MMX (mineração)R$ 55,2 mi
OSX (constr. naval)R$ 20,7 mi
CCX (carvão)R$ 17 mi
LLX (logística)R$ 11,3 mi
  • Fonte: Economatica

Pela primeira vez, desde 2006, quando as empresas do grupo EBX começaram a negociar ações na Bolsa, o prejuízo acumulado ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em um único trimestre.

A petrolífera OGX, maior empresa do grupo, teve o pior prejuízo em 2013. Com alta de mais de 500% em um ano, as perdas da empresa chegaram a R$ 798,8 milhões (contra R$ 132,4 mi, em 2012). O prejuízo é decorrente de despesas bilionárias com poços secos, ou seja, nos quias não foram encontrados petróleo ou gás.

A empresa de energia MPX registrou o segundo maior prejuízo no 1º trimestre, com perdas de R$ 250,9 milhões, alta de 224% em um ano. O resultado foi atribuído, principalmente, pela compra de energia para "cumprir as obrigações contratuais".

Mais rico do mundo

Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.

De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.