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BNDES adiou cobrança de contratos milionários de Eike Batista, diz jornal

DO UOL, em São Paulo

15/07/2013 08h09Atualizada em 15/07/2013 11h40

Contratos de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sofreram alterações de prazos, recursos e exigências para beneficiar empresas do bilionário Eike Batista, de acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".

Segundo a reportagem, foram firmados 15 contratos no valor de R$ 10,7 bilhões com empresas do grupo entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012, com garantias como ações das próprias companhias ou bens que ainda seriam adquiridos.

Uma das prorrogações de contrato foi assinada a apenas quatro dias do prazo em que a empresa deveria ter feito o pagamento. A UTE Parnaíba, que tem a MPX como sócia, deveria ter pago em 15 de setembro de 2012 a quantia de R$ 242,7 milhões, mas um aditivo prorrogou esse prazo para março de 2013.

Segundo o jornal, o BNDES declarou ainda ter tido prejuízo de R$ 462 milhões, ou 54% do que foi investido nas empresas do grupo EBX.

Em resposta, o banco afirmou que "os termos dos contratos entre as companhias de Batista não são de maneira nenhuma diferentes da prática comum do BNDES".

"Diferentemente do que a reportagem insinua, ele (o empresário) não teve vantagem e recebeu o mesmo tratamento de qualquer cliente do banco", afirmou um porta-voz do BNDES à agência de notícias Reuters.

Representantes da EBX ainda não haviam comentado o assunto.

Menos que um pão

As ações das empresas do bilionário Eike Batista despencaram na semana passada na Bolsa e já valem menos que um pão francês.

Com a falta de resultados e o pessimismo em relação ao futuro do grupo EBX, o mercado vem castigando todas as ações das companhias "X".

Mais rico do mundo

Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.

De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.

(Com agências)