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Chefe do BNDES diz que pode estender prazo de empréstimo a empresa de Eike

Do UOL, em São Paulo

20/08/2013 09h49Atualizada em 20/08/2013 09h53

A empresa de logística de Eike Batista (LLX) pode ganhar mais tempo para pagar seus empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse o presidente do banco, Luciano Coutinho, nesta segunda-feira (19).

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"Você tem uma prorrogação do prazo do [empréstimo] ponte para dar tempo ao processo de reestruturação", disse Coutinho, referindo-se ao alongamento do empréstimo-ponte para a OSX (OSXB3), empresa de construção naval do grupo EBX.

"Isso também não é nada de extraordinário. Quando você tem um processo de reestruturação, isso é normal", disse ele, ao ser questionado se tal procedimento poderia ser ampliado para a LLX. "É preciso dar tempo ao processo para os investidores discutirem e tomarem suas decisões."

LLX: renegociar dívida é pré-requisito para sua proposta de venda

Ontem, um porta-voz da LLX Logística disse que a empresa mantém conversas avançadas com o banco de fomento e com o banco privado Bradesco para refinanciar R$ 863 milhões em dívida de curto prazo, um pré-requisito importante para a sua proposta de venda.

O grupo de investimento dos Estados Unidos EIG Global Energy Partners tem um acordo para comprar a LLX. A LLX não quis comentar os termos da negociação entre a empresa, a EIG e Eike, citando diversas cláusulas de confidencialidade.

A companhia deve R$ 518 milhões ao BNDES e R$ 345 milhões ao Bradesco em dois empréstimos. Enquanto a dívida com o BNDES vence no próximo mês, as duas detidas com o Bradesco vencem em fevereiro e abril.

Refinanciar as obrigações é uma das condições para a compra do controle da LLX pela EIG, segundo noticiou o jornal "Folha de S. Paulo", citando uma fonte com conhecimento direto da situação.

"A empresa está atualmente negociando uma rolagem dessas dívidas", disse a LLX por meio de sua assessoria de imprensa, acrescentando que as conversas estão em estado avançado.

O Bradesco não quis comentar, citando regras bancárias de confidencialidade. Telefonemas para diversos representantes do BNDES no Rio de Janeiro não foram atendidos.

(Com Reuters)