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A poucos dias do leilão, ANP diz que Libra pode produzir até 40% mais

Do UOL, em São Paulo

18/10/2013 11h27

A produção de petróleo do campo de Libra pode chegar a 1,4 milhão de barris por dia, segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard.

A previsão mais otimista é quase 40% maior do que a prevista anteriormente (1 milhão de barris diários), uma diferença que pode render até US$ 400 milhões a mais por dia para a empresa ou consórcio vencedor do leilão, segundo especialistas do setor.

Atualmente, a produção nacional chega a 2 milhões por dia. O investimento chegará a US$ 181 bilhões, em 35 anos. O volume estimado de óleo recuperável varia de 8 bilhões a 12 bilhões de barris.

O leilão será realizado na segunda-feira (21) , em regime que garante à União a gestão das reservas.

Ex-diretor da Petrobras tenta suspender leilão

De acordo com reportagem da "Folha de S.Paulo", o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras no governo Lula Ildo Sauer e o advogado Fábio Konder Comparato protocolaram na Justiça Federal, em São Paulo, uma ação popular pedindo a suspensão leilão, marcado para segunda-feira (21). 

Ainda segundo a reportagem, Sauer afirma que o leilão tem "ilegalidades flagrantes" e contraria os interesses nacionais ao "seguir a política energética dos EUA e da China", para quem o objetivo é "a produção rápida para reduzir o preço".

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou nesta quinta-feira (17) qualquer alteração na data do leilão do Campo de Libra, apesar das manifestações contrárias que ocorrem em todo o país.

Chineses são maioria em leilão

O leilão do campo de Libra, que é considerado a maior descoberta de petróleo já realizada no Brasil, será dominado por empresas chinesas.

Entre as onze empresas que se inscreveram para participar do leilão, três estatais do gigante asiático participarão da disputa: Sinopec (em parceria com a espanhola Repsol), China National Petroleum Corporation e CNOOC.

Também participarão do leilão a malaia Petronas, a indiana ONGC, a japonesa Mitsui, a francesa Total, a Shell e a colombiana Ecopetrol, além da Petrobras.

As empresas chinesas vêm em busca do petróleo pois precisam de energia para continuar mantendo o forte crescimento de sua economia.

(Com agências)