Ações da OGX podem ter último dia na Bovespa; entenda
São fortes os rumores de que a petroleira OGX, de Eike Batista, deve entrar com o pedido de recuperação judicial ainda nesta quarta-feira (30), após o fechamento dos mercados. Se isso for confirmado, as ações da petroleira (OGXP3) já podem ficar de fora do pregão nesta quinta (31).
Quando uma empresa entra com um pedido de recuperação judicial (antiga concordata), a negociação com suas ações é suspensa na Bolsa de Valores.
Procurada pelo UOL, a BM&F Bovespa preferiu não informar antecipadamente quando as ações da OGX poderiam deixar de ser negociadas, nem o que será feito em relação ao Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores.
Em um caso parecido, a petroleira carioca Manguinhos entrou com pedido de recuperação judicial em 21 de janeiro. No dia seguinte, a negociação de suas ações foi suspensa pela Bolsa.
Em um ano, o papel da OGX (OGXP3) despencou 95%: de R$ 4,61 em 29 de outubro de 2012 para R$ 0,23 em 29 de outubro deste ano.
Empresa pode recorrer na Justiça e voltar à Bolsa
A empresa que pede recuperação judicial e é suspensa da Bovespa pode recorrer na Justiça pelo direito de ter suas ações novamente negociadas na Bolsa.
No caso da OGX, há um agravante: a ação faz parte do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores.
Após pedir recuperação judicial, se a OGX conseguir decisão favorável à sua volta à Bovespa, a ação voltará a ser negociada por apenas um dia como parte do Ibovespa.
Nesse dia, será determinado o preço pelo qual a ação será retirada do índice. O valor é determinado pela própria Bolsa, a seu critério, dando preferência para procedimentos especiais de negociação. No entanto, também há a possibilidade de o preço ser arbitrado pela Bovespa.
Depois, a empresa voltará a ser retirada do Ibovespa. Assim, ela continuará a ser negociada na Bolsa, mas sem fazer parte do índice.
Quem tem ações deve fazer o quê?
Para o diretor da Easynvest Título Corretora, Amerson Magalhães, não existe uma recomendação específica para quem tem ações da OGX.
"O investidor precisa acompanhar o processo de recuperação judicial e decidir se vai acreditar na capacidade da empresa de honrar seus compromissos. Ou vende a ação, ou acredita que o papel pode voltar a subir", afirmou.
No caso de ser decretada a falência da empresa, o patrimônio restante (massa falida) é dividido entre as partes: primeiro, quem recebe é o governo; depois, os empregados da empresa; os credores são os terceiros da fila. Os investidores são os últimos a receber sua parte, se ainda houver patrimônio a ser distribuído.
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