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BC dos EUA reduz pacote econômico de US$ 85 bi para US$ 75 bi

O presidente do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke - Manuel Ceneta/AP
O presidente do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke Imagem: Manuel Ceneta/AP

Do UOL, em São Paulo

18/12/2013 17h05Atualizada em 18/12/2013 17h31

O Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, decidiu reduzir seu pacote de estímulo econômico de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões por mês.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18), após a última reunião do Fed neste ano. A mudança na política do Fed foi aprovada por 9 votos a 1.

Nos últimos meses, os investidores estavam preocupados com a recuperação da economia dos Estados Unidos. Com sinais de que o país está superando a crise, o banco central do país começou a avaliar uma redução em seu programa de estímulos.

Alguns economistas apostavam que o BC começaria a reduzir o ritmo do estímulo já nesta reunião; outros acreditavam que a decisão seria adiada pelo menos até janeiro.

O Fed informou ainda que provavelmente reduzirá mais compras de ativos em passos comedidos se dados mostrarem contínua melhora do mercado de trabalho e inflação rumo ao objetivo de longo prazo.

Juros, crescimento e desemprego

O BC dos EUA manteve a taxa de juro próxima de zero e disse que ela deve permanecer nesse patamar enquanto o desemprego for superior a 6,5% e a inflação projetada não superar 2,5%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país deve subir 2,8% a 3,2% no próximo ano, uma margem mais ampla que a de 2,9 a 3,1% prevista em setembro, segundo as previsões do Fed.

O órgão também revisou em leve queda sua previsão de taxa de desemprego para 2014, de 6,3 a 6,6% contra 6,4% a 6,8%.

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Mudança pode 'tirar' dólares de países emergentes

Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões nos mercados, em um programa conhecido como QE3. O BC americano tem utilizado uma ferramenta clássica de política econômica para fazer essa injeção de recursos: a compra de títulos públicos (pedaços da dívida estatal, vendidos pelo Tesouro dos EUA) em mãos de investidores e bancos.

Sem essa enxurrada de dólares e com juros mais altos nos EUA, os investidores tendem a preferir opções consideradas mais seguras, e tirar recursos de países emergentes.

Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Fed alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.

Dilma diz que país está preparado para redução de estímulos dos EUA

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil tem condições de enfrentar com tranquilidade o momento em que os EUA mudarem sua política econômica expansionista. Em entrevista a rádio de Recife, Dilma destacou que o país está extremamente preparado, tem reservas internacionais e sabe usá-las. 

(Com Reuters e AFP)

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