Depois de Índia e Turquia, África do Sul eleva taxa de juros
O banco central da África do Sul elevou a taxa de juros pela primeira vez em quase seis anos nesta quarta-feira (29), em consonância com outras economias emergentes, que decidiram aumentar os juros para tentar conter as fortes quedas de suas moedas.
Com juros mais altos, investidores estrangeiros tendem a levar mais dólares para o país.
O BC sul-africano elevou a taxa sob a qual realiza empréstimos para bancos comerciais em 0,50 ponto percentual, para 5,5%.
Segundo a entidade, as pressões sobre a taxa cambial devem se intensificar e a principal responsabilidade do banco é manter a inflação sob controle.
"A principal responsabilidade do banco é manter a inflação sob controle e garantir que as expectativas de inflação permaneçam bem ancoradas.", disse o presidente do BC sul-africano, Gill Marcus, em entrevista à imprensa.
Nesta semana, outros dois países emergentes também aumentaram suas taxas de juros: Turquia e Índia.
Nesta terça-feira (28), o BC central da Turquia elevou sua taxa de juros overnight a 12%, ante 7,75%, e a taxa das operações compromissadas de uma semana a 10%, ante 4,5% -- os aumentos foram todos maiores do que os economistas previam.
Segundo analistas, o governo se curvou à pressão do mercado para conter a queda da moeda nacional, a lira, ignorando a oposição do primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan.
A decisão da Turquia de elevar os juros colocou pressão sobre o BC da África do Sul para que apertasse a política uma vez que os ativos de mercados emergentes estão sendo afetados por preocupações em torno da redução do estímulo dos Estados Unidos, grandes déficits de conta corrente --um problema para a África do Sul-- e, no caso da Turquia, preocupações políticas domésticas.
"A expectativa é que as pressões da taxa cambial se intensifiquem conforme os mercados se ajustam ao novo padrão global dos fluxos de capital", disse o presidente do BC sul-africano.
Hoje o presidente do BC indiano, Raghuram Rajan, informou que o aumento da taxa de juros não foi feito para combater as recentes vendas generalizadas nos mercados emergentes globais, mas para controlar as pressões inflacionárias.
"Acho que por algum tempo nós temos dito muito claramente que estamos focados em preservar o valor da rúpia, no contexto doméstico", disse ele a analistas em uma teleconferência.
(Com Reuters)
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