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EUA acusam Telexfree de formação de pirâmide e pedem bloqueio de bens

Do UOL, em São Paulo

17/04/2014 17h52Atualizada em 17/04/2014 18h18

O órgão regulador de mercado dos Estados Unidos --a Securities and Exchange Commission (SEC), semelhante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil-- acusou a empresa Telexfree de atuar sob um esquema de pirâmide financeira, com foco em imigrantes brasileiros e dominicanos nos EUA. 

As queixas contra a TelexFree Inc. e a TelexFree LLC  foram registradas na terça-feira (15), mas a informação só pode ser divulgada nesta quinta pela entidade. A Justiça de Boston ordenou o congelamento dos bens da empresa na quarta-feira (16). 

Além da empresa, a denúncia inclui também o co-proprietário James Merrill,  o co-proprietário e tesoureiro Carlos Wanzeler , o diretor financeiro Joseph H. Craft, e o diretor de vendas internacionais Steve Labriola. A SEC também acusou pessoas que promoviam a empresa.

O esquema teria movimentado US$ 1,1 bilhão no mundo, segundo a acusação.

No começo da semana, o órgão que regula as operações financeiras no Estado de Massachusetts (EUA) tinha divulgado relatório acusando a empresa de atuar como pirâmide. 

Telexfree vende planos de minutos de telefonia pela internet. No Brasil, a empresa foi proibida de operar desde junho sob suspeita de praticar pirâmide financeira. Contatada em outras ocasiões, a empresa negou qualquer irregularidade, e afirmou trabalhar com marketing multinível.

A formação de pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

O UOL entrou em contato com o advogado da Telexfree (Ympactus Comercial S/A) no Brasil, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. Em outras ocasiões, a empresa negou qualquer irregularidade.

Empresa é investigada no Brasil, mas nega acusações

Atuando no Brasil desde março de 2012, a Telexfree vende planos de minutos de telefonia de voz pela internet. Porém, segundo a acusação da Justiça, isso seria apenas uma fachada.

A empresa é investigada por indícios de formação de pirâmide financeira, modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores.

Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

Em notas anteriores, a empresa disse que está se defendendo de forma vigorosa das acusações e que tem apresentado sua defesa juntando aos processos todos os documentos necessários, de modo que comprove a regularidade e a viabilidade econômica de suas atividades.