Setor automobilístico quer ajuda do governo para pagar salários, diz jornal
Empresários e sindicalistas do setor automobilístico vão propor ao governo federal a criação de um sistema nacional de proteção ao emprego, de acordo com informações do jornal "O Estado de S. Paulo" divulgadas nesta terça-feira (22).
Segundo a reportagem, a proposta é adotar um modelo semelhante ao da Alemanha, no qual, em épocas de crise, os trabalhadores são afastados, mas não demitidos. Eles continuam vinculados à empresa e recebendo salários, com boa parte vinda de subsídios do governo.
A discussão vem em um momento delicado para a indústria, diante de uma ameaça de crise no setor automobilístico, com vendas em queda tanto no Brasil como no exterior, e empresas dando férias coletivas e abrindo programas de demissão voluntária.
Atualmente, é usado um sistema de "lay-off", que é a suspensão temporária dos contratos de trabalho. Nesse mecanismo, o funcionário é afastado e parte dos salários é bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Ministério do Trabalho, mas essa contribuição é limitada a cinco meses.
Pelo novo modelo em discussão, a dispensa teria duração de até dois anos, mas não seria integral. A jornada de trabalho seria reduzida em 20% a 50% e o governo arcaria com 60% a 80% do valor equivalente às horas reduzidas. A diferença seria bancada pelas empresas, e, dessa forma, o trabalhador arcaria com parcela menor da redução.
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