Óleo e Gás, ex-OGX, sai de prejuízo e lucra R$ 213 mi no 1º trimestre
A Óleo e Gás Participações, ex-OGX (OGXP3), teve lucro líquido de R$ 213 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 805 milhões registrado no primeiro trimestre do ano passado.
A principal influência para o resultado positivo da petroleira, fundada por Eike Batista, foi a variação cambial.
O resultado financeiro da petroleira ficou positivo em R$ 173 milhões no trimestre, beneficiado pela receita de variação cambial apurada sobre o passivo líquido em moeda estrangeira, que somou R$ 420 milhões e mais do que compensou as despesas financeiras do período.
Entre janeiro e março, a receita líquida da Óleo e Gás caiu 23,5% sobre o mesmo período de 2013, e ficou em R$ 221 milhões.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, recuou 52,7% sobre igual trimestre do ano passado, a R$ 35 milhões.
Produção de petróleo
A empresa informou que o campo de Tubarão Martelo, em operação desde dezembro de 2013, produziu 967 mil barris de óleo no primeiro trimestre, média de 11 mil barris por dia.
Já o campo de Tubarão Azul teve uma produção total de 246 mil barris até março, média de 4,2 mil barris por dia. O campo voltou à atividade em fevereiro deste ano.
Negociação de dívidas
"A OGPar continua focada na sua reestruturação financeira e em receber a aprovação para a solução de suas dívidas na Assembleia Geral de Credores", disse o presidente-executivo da companhia, Paulo Narcélio, em comentário sobre os resultados.
A solução para as dívidas da companhia será votada em Assembleia Geral de Credores marcada para 3 de junho.
A Óleo e Gás disse que, dos novos recursos previstos no plano de recuperação, US$ 125 milhões já foram aportados por meio de um financiamento, sendo que estão previstos outros US$ 90 milhões que serão recebidos assim que o plano for aprovado.
"Esses recursos serão convertidos em capital, assim como as demais dívidas", disse a companhia.
Recuperação judicial
Em outubro do ano passado, a OGX entrou na Justiça com um pedido de recuperação judicial, que serve como proteção à falência. Desde então, os executivos estão preparando um plano para tentar entrar em acordo com os credores.
A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise, mas acreditam ter chances de sobreviver. Esse é o maior caso de recuperação judicial da América Latina, segundo a agência de notícias Reuters.
A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira.
(Com Reuters)
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