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BC diminui projeção do PIB para 1,6% e vê inflação quase no teto da meta

Do UOL, em São Paulo

26/06/2014 08h39Atualizada em 26/06/2014 09h36

O Banco Central diminuiu sua previsão para o crescimento da economia em 2014, de 2% para 1,6%, ao mesmo tempo em que subiu a projeção de inflação, de 6,1% para 6,4%, de acordo com o relatório trimestral de inflação divulgado nesta quinta-feira (26).

A meta de controle dos preços do governo determina que a inflação oficial deva subir 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, a inflação pode oscilar entre 2,5% e 6,5%.

Segundo o relatório, a possibilidade de a inflação ficar acima do limite está em torno de 46%, enquanto na versão anterior do documento essa possibilidade era de 38%.

A projeção de inflação do BC foi feita considerando o que é chamado cenário de referência. Neste caso, as condições são que a Selic, taxa básica de juros, se mantenha em 11% ao ano, e que a taxa do dólar esteja em R$ 2,25.

Segundo o BC, se forem mantidas essas condições, a inflação deve dar sinais de desaceleração nos próximos trimestres. Para o banco, as taxas de inflação elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, assim como o de geração de empregos e renda.

Queda da indústria deve influenciar PIB

Segundo o BC, a diminuição da estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano se justifica pelas novas projeções para o setor industrial.

Se no relatório anterior o BC estimava expansão de 1,5% da indústria, agora a perspectiva é de queda e 0,4% em 2014.

A indústria de transformação deve recuar 1,9% (a projeção anterior era de alta de 0,5%), e a de construção civil deve cair 2,2% (contra previsão anterior de alta de 1,1%).

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada no início do mês, o BC já havia sinalizado que o ritmo de expansão da atividade neste ano tendia "a ser menos intenso este ano, em comparação ao de 2013".

Na segunda-feira, o BC também divulgou o boletim Focus, sua pesquisa semanal com analistas e economistas das principais instituições financeiras do país. Segundo o relatório, o mercado espera um crescimento do PIB de 1,16% e inflação de 6,46%.

(Com Reuters)