Projeção do PIB cai pela 8ª semana seguida e fica abaixo de 1%, diz BC
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer 0,97% neste ano, de acordo com as projeções mais recentes das principais instituições financeiras do país, divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (21). É a primeira vez no ano que a previsão fica abaixo de 1%.
Esta é a oitava semana seguida de recuo das projeções, que são agrupadas pelo BC no relatório Focus, publicado semanalmente. Na semana passada, a previsão para a alta do PIB era de 1,05%.
Na quinta-feira (17), o BC divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), indicador que é considerado uma prévia do PIB, apontando para um recuo de 0,18% da economia em maio.
A projeção para inflação recuou de 6,48% na semana passada para 6,44% nesta semana. De acordo com o último dado oficial do IBGE, os preços no país subiram 0,4% em junho.
O governo trabalha com uma meta de inflação de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, a margem vai de 2,5% a 6,5%).
A Selic, taxa básica de juros, deve fechar o ano nos atuais 11%, segundo os analistas consultados pelo BC. A perspectiva para a cotação do dólar passou de R$ 2,39 na semana passada para R$ 2,35.
Previsão para 2015
Para o ano que vem, os economistas subiram a projeção de inflação de 6,1% para 6,12%, segundo o Focus. A previsão de alta do PIB foi mantida em 1,5%.
A taxa básica de juros deve fechar 2015 em 12%, a mesma projeção da semana passada; e a cotação do dólar deve ser de R$ 2,50.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de cem instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados (desprezando os menores e os maiores valores).
(Com Reuters)
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