Aumento do imposto nos financiamentos vale a partir desta quinta-feira
O aumento do imposto sobre as operações de crédito começa a valer nesta quinta-feira (22). O reajuste foi anunciado na noite de segunda (19).
O governo federal publicou nesta quarta-feira (21), no Diário Oficial da União, o decreto que dobra o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as operações de crédito ao consumidor de até 365 dias.
Segundo o texto, o aumento entra em vigor um dia após sua publicação, e não em 1º de fevereiro como tinha sido dito anteriormente.
Com isso, o IOF passa de 1,5% para 3% ao ano, alíquota que estava em vigor em 2011. Além disso, fica mantida a cobrança de 0,38% para cada operação, que existe desde o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira).
A intenção do governo é conter o consumo e, consequentemente, tentar segurar a alta da inflação. Outro objetivo é melhorar a receita pública: o governo estima que essas alterações gerem R$ 20 bilhões adicionais em arrecadação.
Impacto será pequeno nas parcelas, diz associação
A alta do IOF terá impacto pequeno sobre o valor das parcelas, segundo simulações apresentadas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Exemplo 1: financiamento de geladeira
Veja uma simulação para a compra de uma geladeira no valor de R$ 1.500, em 12 vezes, com juros de 4,85%.
A prestação sobe de R$ 170,96 para R$ 173,48, elevando o valor total do financiamento de R$ 2.051 para R$ 2.081.
Exemplo 2: cheque especial
Outra simulação considera o uso de um limite de R$ 5.000 do cheque especial por 20 dias no mês, considerando uma taxa de juros 8,92% por mês.
A despesa sobe de R$ 350,58 para R$ 355,09.
Exemplo 3: empréstimo pessoal
Considere um empréstimo pessoal de R$ 4.000 por 12 meses, com taxa de 3,61% ao mês.
O valor total do financiamento sobe de R$ 5.093 para R$ 5.168, segundo a simulação feita pelo diretor da Anefac Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Se o caso for empréstimo de R$ 25 mil para compra de um automóvel, com taxa mensal de 1,84%, em 12 meses, cada prestação sobe em R$ 35,11, enquanto o custo total sobe em R$ 421,32.
(Com Reuters)
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