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BC define hoje nova taxa de juros; analistas esperam alta para 12,25%

Do UOL, em São Paulo

21/01/2015 06h00

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne hoje pelo segundo dia para definir a Selic, a taxa básica de juros do país.

A maioria dos economistas consultados pelo BC espera um aumento de 0,5 ponto porcentual, para 12,25% ao ano, segundo Boletim Focus publicado na segunda-feira (19). 

Na última reunião, no começo de dezembro, dias após a indicação da nova equipe econômica, o BC subiu os juros de 11,25% para 11,75% ao ano, na segunda alta seguida.

Em abril, o BC tinha elevado os juros de 10,75% para 11%, valor que foi mantido em maio, julho e setembro.

A Selic é uma taxa de referência para o mercado e remunera investimentos com títulos públicos, por exemplo. Não representa os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos. A taxa média de juros cobrada das pessoas na vida real em dezembro chegou a 108,2% ao ano, segundo a Anefac, associação de executivos de finanças.

Entenda como os juros são usados para controlar a inflação

Uma economia aquecida em geral é bom para todos: há mais vendas para os empresários e mais empregos para os trabalhadores.

No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar escassos e passarem a custar mais caro, causando inflação.

O Brasil possui um sistema de metas para inflação que foi instituído em junho de 1999 pelo Banco Central (BC). O indicador considerado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.

Assim, caso o BC observe que a inflação corre o risco de superar a meta, a tendência é elevar os juros.

A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas transações bancárias e, portanto, influencia os juros de todas as operações na economia.

A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.

Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação.

Segundo a lei da oferta e da procura, quanto maior a demanda por um determinado produto, mais elevado é o seu preço.

Do contrário, se uma mercadoria ou serviço não forem tão procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.