Sete dicas para vender seu imóvel mais rápido em tempos de crise
Está mais difícil conseguir financiamento no banco e comprar um imóvel. Na outra ponta, essa realidade também tem complicado a vida de quem quer vender sua casa ou apartamento.
No ano passado, a venda de imóveis usados caiu 21,36% na cidade de São Paulo, segundo dados do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis). No caso dos imóveis novos, a redução foi de 5,7% de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período de 2014, segundo o Secovi (Sindicato da Habitação).
Confira, abaixo, algumas dicas para aumentar as chances de venda.
1. Deixe o preço na média
Peça um preço na média do mercado. Parece óbvio, mas isso nem sempre é considerado. Ao definir o preço, entram questões emocionais (desfazer-se de um sonho nem sempre é fácil) e valores que nem sempre existem (o armário embutido valoriza o imóvel só se estiver em boas condições).
"O vendedor considera elementos muito pessoais. Ele tende a colocar uma carga emocional muito grande no imóvel e superestimá-lo", diz Hermínio Bonoldi, diretor da rede de franquias imobiliárias Re/Max Brasil.
Pesquise na internet o preço médio de imóveis parecidos e próximos. Um corretor também pode avaliar o imóvel (o serviço pode ser cobrado).
2. Imóvel vazio
A primeira impressão é a que vale. Deixe o imóvel em boas condições, mesmo que esteja vazio há muito tempo.
"Muita gente deixa os imóveis sujos, com fio de lâmpada pendurado, sem luminária, com pintura ruim, azulejo trincado, persiana que não funciona", diz Hermínio Bonoldi, da Re/Max Brasil.
Deixe preferencialmente pintado de branco. Paredes de cores chamativas podem estar na moda, mas não são do agrado de todo mundo.
3. Imóvel ocupado
Além da manutenção, existe a questão da arrumação do imóvel. "Não dá para deixar roupas jogadas e banheiro e cozinha sujos, por exemplo", diz Hermínio Bonoldi, da Re/Max Brasil.
Ele sugere que o morador retire das vistas dos visitantes objetos muito pessoais, como peças íntimas do varal, ou que caracterizam gostos e hábitos particulares, como artigos religiosos ou referentes a times de futebol. "O ideal é tentar deixar o imóvel o mais neutro possível", diz.
4. Não faça grandes reformas
O imóvel precisa estar em boas condições para ser vendido. Mas isso não significa fazer uma grande reforma. Alterar a planta ou derrubar uma parede para uma cozinha americana, por exemplo, não são boas ideias. Apenas mostre ao comprador que essas opções existem.
"Reformar é a maior bobagem, porque o dono vai gastar dinheiro em algo que pode não ser do gosto de quem quer comprar. Em vez de gastar R$ 30 mil para reformar, é melhor abater esse valor do preço. O dono do imóvel evita a dor de cabeça da reforma e facilita a venda", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
5. Propaganda é a alma
Faça uma boa propaganda do imóvel. Se ele for anunciado pela internet, é importante que apareça em fotos bem tiradas, destaca Igor Freire, diretor de vendas da Lello.
Ao apresentar o imóvel a um interessado, informe valor de IPTU, condomínio e política do prédio sobre bichos de estimação.. "Às vezes, por causa de uma informação que falta, perde-se o comprador", alerta Freire.
6. Preços caíram mesmo
Em 2015, o preço médio do metro quadrado dos imóveis usados em São Paulo teve uma desvalorização de 6,35%, na comparação com 2014, segundo o Creci-SP.
Não adianta pedir o mesmo valor que o imóvel tinha há cerca de dois anos, quando havia muita gente comprando e crédito fácil no mercado. Se achar que o preço está muito baixo, avalie esperar uma possível valorização.
7. Avalie contrapropostas
Com as vendas em baixa, é preciso considerar contrapropostas. "No passado, quem detinha a regra do negócio era quem estava vendendo, porque havia muita gente comprando. Hoje, isso mudou", diz Freire.
Ele sugere que o vendedor faça outras concessões: se queria apenas pagamento à vista, que considere um financiamento, por exemplo. A liberação do dinheiro pode demorar cerca de 45 dias, mas pode ser melhor do que recusar a venda.
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