Economia encolhe 0,3% no 1º trimestre; em 12 meses, cai 4,7%, diz IBGE
A economia brasileira encolheu 0,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto).
Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o PIB caiu 5,4%. Em 12 meses, acumula queda de 4,7%.
Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2016 alcançou R$ 1,47 trilhão.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado foi melhor que o esperado por analistas consultados pela agência de notícias Reuters, que apontavam queda de 0,8% na comparação com o trimestre anterior e de 6% sobre o primeiro trimestre de 2015.
É o quinto trimestre seguido de queda, na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. Em 2015, o PIB encolheu 3,8%, com resultados negativos nos quatro trimestres do ano. Bastam dois trimestres seguidos de recuo para se considerar que um país está em recessão técnica.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o Brasil registra o oitavo trimestre consecutivo de queda do PIB. É a maior sequência de resultados negativos da série histórica, que começou em 1996.
Todos os setores encolheram
Todos os setores da economia encolheram no primeiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior.
A maior queda foi registrada na indústria (-1,2%), puxada por desempenhos ruins da extração mineral (-1,1%) e da construção (-1%).
O setor agropecuário encolheu 0,3%, e o de serviços, 0,2%, com queda de 1% no comércio.
Indústria despenca 7,3% em um ano
O que é o PIB?
O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país. Os dados consideram a metodologia atualizada do cálculo.
Estimativas para o ano
O novo governo, do presidente interino Michel Temer, espera que o PIB encolha 3,8% neste ano.
A previsão está em acordo com estimativas de analistas de mercado consultados pelo Banco Central para o boletim Focus, que esperam queda de 3,81%, e com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que prevê resultado negativo em 3,8%.
(Com agências de notícias)
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