Publicitário investe R$ 15 mil e faz álbum para guardar moedas da Olimpíada
Percebendo o potencial que as moedas de R$ 1 comemorativas dos Jogos Olímpicos do Rio tinham para atrair colecionadores, o publicitário Cristiano Guimarães decidiu fazer um álbum onde elas pudessem ser guardadas.
Guimarães também é numismata --como são chamados estudiosos e colecionadores de moedas- e conta que a ideia surgiu em agosto do ano passado. "Quando eu vi essas moedas em mãos, pensei 'vamos fazer o álbum', porque tive essa dificuldade de armazená-las."
Decidiu, então, investir aproximadamente R$ 15.000, criando a empresa Top Moedas, para uma produção inicial de mil álbuns. O gasto, segundo ele, inclui o custo de registro de direitos autorais do álbum na Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura.
30 mil vendidos
Segundo Guimarães, desde janeiro, quando foi lançado, foram vendidos cerca de 30 mil álbuns, mas não revela quanto ele teve de faturamento ou lucro até agora.
"Como coleciono há anos e sou proprietário de uma agência de publicidade, uni o útil ao agradável e criamos a Top Moedas", afirma. "Apesar do objetivo principal ser fomentar o colecionismo no Brasil, não deixa de ser uma empresa que gera lucro e, dessa forma, passou a ser também um bom negócio."
Álbum é vendido em bancas e internet
O álbum é feito em Jundiaí, no interior de São Paulo, onde o publicitário mora. É distribuído em bancas de jornal da região, por revendedores em outros Estados ou pela internet, no site de vendas Mercado Livre.
O preço de capa é de R$ 28, com um custo de produção de aproximadamente R$ 11 cada. Aos revendedores o preço é de R$ 18.
Novos produtos
O empresário também afirma que as moedas olímpicas ajudaram a desenvolver o hábito de colecionar em muitas pessoas.
"Para nós, a maior alegria é ver o número de jovens que têm entrado para o segmento, o que despertou também naqueles colecionadores que há tempos estavam parados a vontade de voltar a colecionar", afirma. "Esse programa numismático das moedas olímpicas ajudou e dá um grande empurrão no colecionismo nacional."
Ele não espera limitar a empresa ao álbum das Olimpíadas e pensa em novos produtos para colecionadores. "Em novembro estaremos inaugurando um portal com loja online integrada. A ideia é o desenvolvimento de novos produtos que atendam o mercado interno, que hoje é muito pobre em opções."
Entre as possibilidades de produtos, ele cita álbuns de luxo, estojos, quadros, lupas e luvas para manuseio das moedas.
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