Tem moeda de R$ 1 das Olimpíadas? Ela pode estar valendo bem mais que isso
Com a proximidade dos Jogos Olímpicos do Rio, a procura pelas moedas comemorativas tem aumentado e elas podem atingir preços bem acima dos de face --como é chamado o valor estampado na moeda.
O Banco Central lançou 16 modelos de moedas de R$ 1 para as Olimpíadas, feitas em aço como as moedas normais, com desenhos de modalidades esportivas e dos mascotes dos Jogos. Elas foram colocadas em circulação, ou seja, qualquer pessoa pode ter recebido uma de troco.
Muito mais que R$ 1
O BC autorizou a fabricação de 20 milhões de cada modelo. Parece bastante, mas alguns entusiastas têm enfrentado dificuldades para encontrá-las.
Normalmente, o preço das moedas colecionáveis é divulgado em catálogos especializados e depende de fatores como tiragem e raridade. "Essas moedas [de R$ 1] das Olimpíadas não estão seguindo o catálogo", afirma Edivan de Oliveira Lima, diretor de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira, que reúne estudiosos e colecionadores de moedas.
As que foram lançadas antes (do 1º e 2º lotes), em 2014, tendem a ser mais valorizadas porque são mais difíceis de achar. Os preços variam, segundo os especialistas consultados pelo UOL, mas giravam entre R$ 5 e R$ 10 na última sexta-feira (29/7). Esses valores são instáveis e podem mudar rapidamente.
Os modelos lançados depois valem R$ 3, em média. As moedas do 1º lote têm imagens de atletismo, natação, paratriatlo e golfe. As do 2º lote retratam basquete, rúgbi, vela e paracanoagem.
Algumas das moedas comemorativas de R$ 1 ainda estão sendo vendidas pela Casa da Moeda (http://zip.net/bmtpJ8, link encurtado e seguro) e pelo Banco do Brasil (http://zip.net/bcstsZ), em uma embalagem para colecionador. Elas custam R$ 13 a individual e R$ 45 a cartela com quatro.
Um publicitário resolveu criar um negócio: investiu R$ 15 mil e produziu um álbum especial só para os colecionadores guardarem as moedas olímpicas (clique aqui e veja mais detalhes).
Preço deve cair após jogos
Para alguns especialistas, esses valores devem cair após o fim dos Jogos. "Quando passar as Olimpíadas, a tal da febre, ela vai perder um pouco", diz João Paulo Ferreira, do site Brasil Moedas (http://zip.net/brtpNb, link encurtado e seguro).
"É uma moeda muito comum, em razão da tiragem. A emissão é grande", afirma Ramiro Maximino Carvalho Matos, do site "Numismática Trato Feito" (http://zip.net/bdtqd5, link encurtado e seguro). "(Depois) não vai ter tanto charme, procura, como hoje, que as Olimpíadas estão aí."
Edivan Lima, porém, afirma que os preços podem se manter, porque muitas moedas estão saindo do país nas mãos de colecionadores estrangeiros. "O mercado é muito imprevisível. A procura (depois dos Jogos) pode não ser grande, o que não quer dizer que o valor venha a cair, porque não tem mais moeda. A maioria saiu do Brasil."
Mais rara chega a R$ 50
A moeda de R$ 1 das Olimpíadas mais cobiçada pelos colecionadores, porém, não faz parte desse pacote.
Ela foi lançada em 2012 e representa a passagem da bandeira olímpica de Londres -local dos jogos daquele ano- para o Rio de Janeiro.
Além de ser mais antiga, ela é mais rara porque foram produzidas menos unidades: pouco mais de 2 milhões, segundo o Banco Central.
Ela chega a ser vendida por R$ 50, dizem especialistas. Esse preço caiu no último mês, segundo João Paulo Ferreira, do site Brasil Moedas (http://zip.net/brtpNb, link encurtado e seguro). Como estava cara, apareceu muita gente vendendo, diz ele.
Esse valor, porém, pode subir no futuro, diz o advogado e colecionador Ramiro Maximino Carvalho Matos, do site "Numismática Trato Feito" (http://zip.net/bdtqd5, link encurtado e seguro).
Ele compara com a moeda de R$ 1 lançada em 1998 para comemorar os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos: em perfeito estado de conservação, chega a custar R$ 100, segundo Matos.
Não serve qualquer moeda
Não adianta sair caçando moedas de R$ 1 por aí para vender. Esses preços são atingidos por exemplares em perfeitas condições, chamados de "flor de cunho", sem riscos ou manchas. Moedas que já circularam no mercado perdem grande parte do valor.
"As pessoas têm que estar cientes que estado de conservação é muito importante. Elas imaginam que é só tirar a moeda do bolso, junto com várias outras moedas, que já foram tocadas, e acham que vão conseguir esses valores", afirma Edivan Lima.
"(As que atingem preço alto) são moedas que saíram do banco e já foram guardadas, não houve toque."
Onde encontrar
Algumas moedas ainda estão disponíveis para venda no site da Casa da Moeda (http://zip.net/bmtpJ8, link encurtado e seguro) e do Banco do Brasil (http://zip.net/bcstsZ). Para ver outros sites e endereços onde é possível comprar, acesse a página: http://zip.net/bmtpJ7.
Além dos 16 modelos de R$ 1 de aço, o Banco Central também lançou quatro modelos de ouro e 16 de prata, voltados aos colecionadores. A tiragem máxima autorizada foi de 5.000 e 25 mil unidades, respectivamente. As de prata custam oficialmente R$ 195, e as de ouro, R$ 1.180.
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