Mercado reduz projeção para a inflação e vê queda menor do PIB em 2016
Economistas consultados pelo Banco Central melhoraram as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) e reduziram a estimativa de inflação no final de 2016.
Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo BC:
- PIB (Produto Interno Bruto): melhorou de -3,49% para -3,43%;
- Inflação: caiu de 6,72% para 6,69%;
- Dólar: manteve-se em R$ 3,35.
A projeção para a inflação em 2016 continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação foi mantida em 4,89%. Em outubro, a inflação foi de 0,26%, a menor para o mês de outubro desde 2000 (0,14%). Em 12 meses, foi de 7,87%.
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu os juros de 14% para 13,75% ao ano.
A perspectiva para os juros em 2017 foi reduzida pela primeira vez em quatro semanas, depois de o Banco Central ter indicado cortes mais fortes à frente.
Veja as estimativas para 2017:
- PIB (Produto Interno Bruto): caiu de 0,98% para 0,8%;
- Inflação: manteve-se em 4,93%;
- Taxa básica de juros (Selic): caiu de 10,75% para 10,5%;
- Dólar: subiu de R$ 3,40 para R$ 3,45.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
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