2016 pode ter inflação no limite da meta do governo, mas gasolina preocupa
A inflação oficial no Brasil desacelerou e fechou o mês em 0,18%, o menor índice para novembro em 18 anos, desde 1998, quando havia tido queda de 0,12%. No acumulado de janeiro até novembro, a alta dos preços é de 5,97% --bem abaixo dos 9,62% em igual período do ano anterior. Os dados são do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com esse resultado, existe a possibilidade de que a alta dos preços feche o ano dentro do limite da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.
"Existe a possibilidade real de o IPCA fechar dentro do teto da meta, visto que dezembro do ano passado foi muito alto para o atual padrão da inflação", disse Eulina Nunes dos Santos, economista do IBGE.
O que pode prejudicar esse cenário, porém, é a alta da gasolina, anunciada nesta semana pela Petrobras. A estatal anunciou o aumento do preço da gasolina em 8,1% nas refinarias, o que pode fazer o combustível subir 3,4% --ou R$ 0,12 por litro-- nas bombas.
"Se não fosse o reajuste da gasolina, que vai pressionar o IPCA em dezembro, as chances não seriam impossíveis [de ficar dentro do limite da meta neste ano)", disse o economista da contultoria Tendências Marcio Milan, em entrevista à agência de notícias Reuters.
Perspectivas
A projeção para a inflação no final de 2016 está em 6,69%, segundo o último Boletim Focus, com as expectativas de economistas consultados pelo Banco Central.
Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação é de 4,89%. Para 2017, os analistas veem alta de preços de 4,93%.
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