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Mercado reduz projeção e passa a prever taxa de juros abaixo de 10% em 2017

Do UOL, em São Paulo

16/01/2017 08h34

Economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, e passaram a prever que os juros ficarão abaixo de 10% no final de 2017.

Os analistas também reduziram as projeções para o dólar e para a inflação. A nova projeção de 4,8% na alta dos preços deixaria a inflação dentro do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%). 

A estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) foi a mesma da semana passada. 

Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo BC:

  • PIB (Produto Interno Bruto): estimativa foi mantida em 0,5%;
  • Inflação: caiu de 4,81% para 4,8%;
  • Taxa básica de juros: caiu de 10,25% para 9,75%;
  • Dólar: caiu de R$ 3,45 para R$ 3,40.

Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 4,84% para 4,8%. 

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu os juros de 13,75% para 13% ao ano, no terceiro corte seguido.

Na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a inflação fechou 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo. 

Entenda o que é o boletim Focus

Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)