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Inflação fecha o 1º trimestre em 0,96%, a menor para o período desde 1994

Do UOL, em São Paulo

07/04/2017 09h02

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, fechou março em 0,25%, após ficar em 0,33% em fevereiro. Foi o índice mais baixo para o mês desde 2012 (0,21%). Considerando o primeiro trimestre deste ano, a alta de preços foi de 0,96%, a menor para o período desde o início do Plano Real, em 1994.

As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (7). 

Em março do ano passado, o IPCA foi de 0,43%.

A meta em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.

No ano passado, a inflação oficial no Brasil foi de 6,29%, dentro do limite máximo da meta. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,5% e 6,5%. 
 

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No acumulado de 12 meses, o índice acumula alta de 4,57%.

"A inflação representa o momento que vivemos, e as pessoas não estão comprando. O consumo é inibido muito pelo desemprego, ambiente econômico e renda menor", disse a economista do IBGE Eulina Nunes, destacando que essa é a primeira vez desde 2012 que o IPCA fica abaixo de 5% por dois meses seguidos.

Conta de luz subiu 4,43%

O que mais puxou a alta dos preços no mês passado foi a conta de luz, que subiu 4,43% e fez com que as despesas com habitação encarecessem 1,18%.

O resultado reflete a cobrança da bandeira tarifária amarela, uma taxa extra de R$ 2 a cada 100 kw/h consumidos na conta de luz. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já definiu que, neste mês, haverá cobrança de bandeira vermelha, ou seja, R$ 3 a mais a cada 100 km/h consumidos.

O aumento de 1,13% no preço do gás de cozinha também influenciou nos gastos domésticos, tendo em vista o reajuste médio de 9,8% do gás nas refinarias, concedido pela Petrobras.

Tomate sobe 14,47%; feijão cai 5,6%

Os alimentos, com grande peso no índice, tiveram inflação de 0,34% no mês passado. Os aumentos de mais destaque foram o do tomate (+14,47%), do açaí (+8,47%), da cenoura (+6,83%) e dos ovos (+5,86%).

Por outro lado, produtos como o feijão carioca (5,59%), o feijão preto (-9,11%) e o feijão mulatinho (-4,5%) ficaram mais baratos em abril.

Combustíveis mais baratos

Ainda entre os itens que ficaram mais baratos, o destaque foi a gasolina, cujo preço caiu 2,21%, e o álcool, 5,1% mais barato.

A queda se refletiu no grupo transportes, que fechou o mês com recuo de 0,86%. 

Juros X Inflação

Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) pela quarta vez seguida. A Selic caiu 0,75 ponto percentual, para 12,25% ano. 

Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. 

A inflação mais baixa que o esperado em 2016 contribuiu para a decisão do Copom de reduzir os juros e o resultado do mês passado pode contribuir para novos cortes.

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