Reforma da Previdência: "Queremos aprovação por meio do diálogo", diz Temer
O presidente Michel Temer reúne-se nesta terça-feira (11) com líderes da base aliada ao governo federal na Câmara dos Deputados para discutir a reforma previdenciária e avaliar o cenário para a aprovação da matéria.
Na abertura da reunião, Temer voltou a defender que a reforma não é uma "questão de opinião", mas uma "necessidade imperiosa", e ressaltou que os parlamentares agora estão sendo atendidos. "Nós queremos buscar a aprovação, mas buscar por meio do diálogo, que é o que tem sido feito", afirmou.
Também participam da reunião nesta manhã integrantes da Comissão Especial da Reforma da Previdência.
Reforma para 20 anos
O presidente Michel Temer admitiu a parlamentares que o governo concorda em fazer uma reforma da Previdência que sirva para os próximos 20 anos apenas, mas que as mudanças no texto não podem "quebrar a espinha dorsal" da proposta, que seria o estabelecimento de uma idade mínima de 65 anos.
"Eu confesso que o projeto original que mandamos é uma reforma que visa 30, 40 anos. Se não pudermos fazer por 30, 40 anos, vamos fazer por 20 anos", disse o presidente.
Base aliada
No encontro desta terça-feira, Temer e a base devem abordar a questão da fidelidade da base aliada, na tentativa de contabilizar quantos votos o governo espera obter para aprovar o relatório, que tem a previsão de ser apresentado no dia 18 pelo relator Arthur Maia (PPS-BA).
O assunto foi pauta de um encontro que os parlamentares tiveram na véspera (10), por quase três horas, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles buscaram formas de suavizar as regras de transição previstas na proposta.
"A questão dos cinco pontos [que serão alterados] já foi negociada. Agora, como fazer para evitar o abismo, o modelo disso, é que está sendo discutido, qual é o melhor formato", disse o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ao deixar o encontro.
Idade mínima
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma da Previdência considera a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e inclui nas regras de transição apenas os trabalhadores que estão acima dos 50 anos, no caso dos homens, e de 45 anos, no caso das mulheres.
O projeto prevê um pedágio de 50% para cada ano que falta para a aposentadoria pelas regras atuais. O governo aceitou negociar esse e mais quatro pontos no texto da reforma para facilitar a aprovação.
(Com agências)
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