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Meirelles: Adiamento da Previdência dá mais tempo para esclarecer sociedade

Temer pede apoio da população para aprovar reforma da Previdência

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo

14/12/2017 15h55

Depois de passar as últimas semanas batendo o pé de que era essencial votar a reforma da Previdência ainda neste ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (14) que o adiamento para fevereiro de 2018 dá mais tempo ao governo para esclarecer algumas questões ainda em aberto na sociedade.

Mesmo assim, Meirelles disse que fará uma série de conferências com agências de classificação de risco na próxima semana para tratar do assunto e tentar, no limite, evitar rebaixamento da nota brasileira.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma só será votada na Casa após o Carnaval, no dia 19 de fevereiro, e avaliou que a proposta terá entre 320 e 330 votos favoráveis quando for a plenário.

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A ideia inicial do governo era iniciar a discussão da medida nesta quinta e votá-la na próxima terça-feira, desde que ela contasse com os votos necessários para ser aprovada --por se tratar de uma PEC, precisa do voto favoráveis de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação para ser aprovada na Câmara.

Mas um conflito de informações na véspera deixou o calendário do governo em suspenso. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou um acordo entre o Planalto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CÊ) e Maia para deixar a votação da PEC para fevereiro.

Tanto Maia quanto lideranças governistas negaram o acordo e disseram que a data da votação ainda não estava decidida. Enquanto isso, o presidente Michel Temer passava por um pequeno procedimento cirúrgico, em São Paulo.

O governo do presidente Michel Temer tem usado com força a máquina pública para tentar garantir votos favoráveis suficientes à reforma, inclusive liberando mais recursos a parlamentares. Mas não tem tido sucesso na empreitada, após usar recentemente boa parte de sua rede política para barrar denúncias contra ele no Congresso Nacional.

(Com Reuters)